ESCOLA ESTADUAL
PROFESSOR BEVENUTO FILHO
PROJETO
POLÍTICO
PEDAGÓGICO
Santo Antônio do Petengi/RN
2013
Sumário
1.Apresentação..........................................................................................................................04
2.
Visão do Contexto..............................................................................................................05
3.
Fundamentos Norteadores..................................................................................................06
4.
Finalidade e os Objetivos Educacionais............................................................................07
5.
Professor
.........................................................................................................................08
6.
Base Curricular ..................................................................................................................11
7. Plano de Ensino Aprendizagem........................................................................................11
8.
Passeios Culturais..............................................................................................................15
9. Temas Transversais............................................................................................................15
10. A
Transversalidade e Interdisciplinaridade........................................................................16
- Elaboração..........................................................................................................................18
1. APRESENTAÇÃO
A presente Projeto Político
Pedagógico define a organização,
pedagógica do Escola Estadual Professor
Bevenuto Filho que tem como CNPJ 01.899.678/0001-04 e está situada à Rua: Williane Câmara de Brito nº
156, CEP: 59298-000 neste Estado e oferece Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano.
A proposta básica
deste trabalho é oferecer contribuições provindas da reflexão de educadores,
alunos, pais, direção e funcionários da
Escola, visando intensificar o
desenvolvimento de ações cooperativas, eficazes renovadoras.
O Projeto Político
Pedagógico é compreendido como processo de ação participativa grupal com
pessoas interagindo politicamente em função das necessidades, interesses e objetivos comuns. Busca um maior
envolvimento na ação educativa, considerada responsabilidade de todos os
membros da Comunidade Escolar. A educação, em todos os tempos, e principalmente nos dias de hoje, ressente-se de maior aprofundamento e clareza
sobre o verdadeiro sentido da vida e da
aprendizagem e sobre os objetivos a serem alcançados. Não se trata simplesmente
de aprender mais algumas matérias, mas, antes, do aprender a viver e viver
plenamente. No Projeto Político Pedagógico, deve-se ter clareza suficiente
sobre o Processo da Educação e da Aprendizagem, com todos os elementos
envolvidos próprios de cada um. Como o projeto não se realiza apenas de modo
individual, esperamos que todos, na medida de suas características e
possibilidades, participem do processo da educação, cujo fruto e resultado
serão vividos na sociedade e na vida participativa de todos os dias. Somente a
participação e a partilha de experiências oportunizarão a verdadeira
aprendizagem. O desafio é sair da postura reprodutiva, oferecendo indicações
que facilitem o aprender e o saber pensar. A educação não mais deverá ser
compreendida como estoque de conhecimento, mas como processo de inovação
permanente que decorre da capacidade de construir. Surge uma exigência de
revisar radicalmente a proposta educativa, direcionando-a para um compromisso
construtivo. Seguindo essa linha de pensamento, na caminhada em busca da
construção do saber, o mundo sente a necessidade de incluir o pensar próprio.
Não podemos “dar” os significados às outras pessoas, elas mesmas devem
procurá-los por meio do envolvimento no diálogo e na investigação. Os educandos
não querem simplesmente ter e compartilhar, mas ter e compartilhar de modo
significativo. Sabemos que é preciso romper com alguns aspectos da matriz pedagógica
vigente, cristalizada nas figuras do professor que ensina e do aluno que
aprende. A escola deve ser um espaço para construção do saber e integração do
indivíduo na sociedade. Baseados na conquista de oportunidades para o
entendimento de valores como princípio de vida, norteamos nossa prática de
Educação Humanística a partir da pedagogia crítica educando para a cultura da
solidariedade. O Projeto Político Pedagógico foi baseado nas mais
importantes práticas aplicadas ao contínuo aperfeiçoamento dos profissionais de
educação e adequadas à realidade brasileira dos nossos dias, visando à
reafirmação das condições de resgate de valores e autodesenvolvimento de cada
sujeito, orientados pelos sólidos princípios de solidariedade e ética.
Construímos uma prática educacional incorporada e transformadora onde o
processo educativo transcende, buscando algo maior que dá sentido ao viver.
2. VISÃO DO CONTEXTO
Atualmente, vivenciamos um processo de transformação estrutural com
rápidas e significativas mudanças. Esse processo é consequência da revolução
tecnológica, da tentativa de formação de uma economia global e de um caminho de
mudança cultural, manifestado principalmente pela nova postura das mulheres na
sociedade e por uma diferente consciência ecológica e espiritual. Há uma carência de teorias
para dar um marco interpretativo à compreensão do contexto atual. Percebemos que as trajetórias das maiores
mudanças estão a nível social.
A família (tradicional) tem recebido grandes impactos, quando da
inadaptação de novos papéis. É necessário que mulheres e homens busquem formas
de reconstrução da estrutura familiar, sem perceberem o sentido geral dos
fatos, seguindo os valores éticos das relações humanas. O processo educacional,
tanto na família como nas escolas, está engatinhando na percepção da
valorização emocional que ainda é, frequentemente, desconhecida e bloqueada.
Cabe a nós, educadores buscarmos formas de expressão que permitam o
compartilhar de experiências que não atrofiem a criatividade, o pensamento e a
crítica, mas que redefinam, de forma ampla e rica, a educação atual,
desacostumando o indivíduo à passividade mental. Os estudos para nosso Projeto
Político Pedagógico continuam reinventando a prática de todos os envolvidos,
visando um questionamento diante do que fazemos e não um ajustamento a ações
cristalizadas. Continuamos descobrindo, a cada dia, o significado mais alto da
nossa educação.
A consciência de sabermos o que acontece com cada um de nós e em nosso
contexto, faz renascer o ensinante emocional, que vai além da prática diária,
que dá significado à sua atuação educativa, fortalecendo, de forma coerente,
reflexiva, crítica, amorosa, suas relações com o educando.
O Escola Estadual Professor
Bevenuto Filho vem, através do Projeto Político Pedagógico, resignificar suas
ações, a fim de que possa ser parte integrante de um novo paradigma
educacional, provocando a comunidade escolar a reforçar o sentido de assumirmos
a provisão de nossa realidade. Fazer uma leitura providente da história
significa olhar o mundo com empatia, ter um olhar positivo. Devemos trabalhar
para que a educação leve à construção de uma cidadania autêntica e seja um meio
de compreensão da realidade. Não podemos nos limitar a sermos apenas
repassadores de conhecimentos. É necessário que busquemos, permanentemente,
aprimorar o trabalho pedagógico que leve a criar condições fundamentais para a
autodeterminação dos educandos.
3. FUNDAMENTOS NORTEADORES
Nosso Projeto Político Pedagógico, ao ser traçado em pontos firmes, mas
flexíveis, busca evitar uma diretividade
exagerada, pois não pretende ser um projeto acabado e formalizado, mas estar
aberto à criatividade de cada um para que possa planejar a dinâmica do ensinar
e do aprender de acordo com as solicitações de cada momento. Os pressupostos e princípios
desse projeto devem ser construídos com base nas experiências vividas, com os
olhos atentos aos sinais dos tempos atuais e dirigidos a um futuro próximo ou
remoto. Pretende ser criterioso onde o dizer e o fazer, busquem os ecos da
adequação e da coerência, num paradigma que acompanhe a peregrinação de ser um
bom educador.
“A escola deve, em qualquer momento do processo pedagógico, ter
clareza do seu papel”. Há um alvo a ser alcançado: a universalização e a
socialização do saber, das ciências, das letras, das artes, da política e da
técnica. Mas há um ponto de partida que não pode ser esquecido: as experiências
de vida e a realidade percebida por aqueles a quem ela deve educar. O objetivo
deve ser o de elevar o nível de compreensão dessa realidade por parte do
educando, que deve ultrapassar a percepção do senso comum. Em nosso Projeto
Político Pedagógico, o homem deve ser visto numa totalidade dinâmica como um
ser que integra os aspectos biológicos, psicológicos e sociológicos. Uma pessoa
com condições para a mudança, orientada para ser sujeito de sua educação. O objetivo primordial é dar espaço para que o
educando possa exercer sua consciência crítica ao aprender fazendo.
A escola deve constituir-se em lugar onde o aluno construa o seu
conhecimento, numa postura de indagação e análise avaliativa da realidade
social, ao mesmo tempo em que experiência os valores em ações efetivas. Devemos
continuar buscando uma Escola aberto aos interesses e necessidades do meio
circundante, sem perder nossa identidade, resguardando os princípios da
filosofia, que têm, como características, as atitudes brotadas do amor e da
união.
Considerando
as demandas da sociedade contemporânea e
os dispositivos legais, a escola tem
como Princípios:
Igualdade de condições para acesso e permanência na escola;
Qualidade é a garantia de condições condignas de educação para
todos os que ingressam na escola, para que possam nela permanecer estudando e
aprendendo com sucesso;
Liberdade para aprender, ensinar pesquisar e participar.
Seguindo esses princípios a Escola define sua Visão
de Futuro:
É a de ser uma Escola que ofereça um ensino de qualidade,
baseada nos princípios de liberdade e igualdade
para todos.
Tendo
presente que a Visão é como um sonho que deve ser concretizado por todos na
Organização. A escola situa sua Missão como forma de concretizar a Visão,
definindo que:
“A Missão da escola consiste em oportunizar a construção
do conhecimento por meio de métodos e técnicas atualizadas, tendo, como
resultado final, cidadãos críticos, preparados para o exercício da cidadania
capazes de participar ativamente da sociedade atual e futura, alcançando
sucesso no prosseguimento dos estudos e na vida pessoal”.
4. AS FINALIDADES E OS OBJETIVOS EDUCACIONAIS
Objetivos Gerais
O Escola
Estadual Professor Bevenuto Filho tem por finalidade oferecer a Educação
Básica no nível de Ensino Fundamental I, na perspectiva de desenvolver o
educando, assegura-lhe a formação comum indispensável para o exercício de
cidadania e oferecer-lhe meios para progredir nos estudos posteriores,
atendendo a Política Educacional vigente no País e no Estado.
Objetivos Específicos
São objetivos específicos do Ensino
Fundamental de acordo com a política Educacional do país e necessidades do
educando e da comunidade:
a) o
desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meio básico o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
b) a
compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
c) o
desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores;
d) o
fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
5. PROFESSOR
A arte suprema do Mestre consiste em despertar o gozo da expressão
criativa e do conhecimento.
Albert Einstein
Para que a prática educativa se dê nos termos previstos, é de suma
importância a figura do professor
e, em âmbito maior, todo o corpo docente. Podemos aqui, abrir três pontos
fundamentais:
A formação do professor – conforme a LDB no título VI, art. 62: “A
formação de docentes para atuar na educação básica, far-se-á em nível superior
e curso de licenciatura, de graduação plena...”
O perfil do professor vai além da formação superior. Ele deve ser
um profissional polivalente que trabalha desde os cuidados básicos essenciais
(higiene, alimentação, repouso) até o conhecimento do desenvolvimento físico,
psíquico, social e cognitivo da criança. Além da formação acadêmica
equivalente, adequada e necessária, este perfil do professor se configura na
sua vivência através da observação e formação.
A formação continuada deve ser admitida sob dois aspectos. Como
primeiro aspecto temos o constante aprimoramento teórico e como segundo aspecto
a reflexão da prática pedagógica. Neste trabalho entre o refletir e o estudar,
o professor vai colocando sua fala, expressando-se, elaborando sua teoria e
tornando sua formação um continuar constante. Faz parte ainda da formação
continuada do professor a participação deste em congressos, seminários,
palestras etc., promovidos ou proporcionados pela Instituição. O professor deve
estar sempre pronto para atender, ter uma capacidade de inter-relacionamento
pessoal e social junto às famílias, alunos e comunidade escolar como um todo.
É através da prática do professor, que o Projeto Político
Pedagógico acontece. Portanto, é de sua competência estruturar o campo das
brincadeiras na vida das crianças, organizar a base estrutural através da
oferta de objetos, fantasias, brinquedos, jogos, espaço e tempo do brincar. Sua
observação atenta às crianças oferecerá subsídios para uma reflexão e constante
reelaboração da sua prática. Deve interferir nas brincadeiras de maneira a
enriquecer a imaginação, criação e organização da criança; organizar situações
para que as crianças possam discernir, discutir e organizar jogos e,
conseqüentemente, crescer em autonomia.
O professor deve ser o mediador entre a criança e o objeto de
conhecimento, impulsionando a zona de desenvolvimento proximal. Cabe também a
ele a tarefa de individualizar as situações de aprendizagem, planejando, a fim
de oferecer diversas situações de experiências sociais, afetivas, emocionais e
cognitivas. O conhecimento da criança é muito importante para que o professor a
guie em sua ação educativa. Ainda lhe cabe a função de propiciar e garantir um
ambiente rico, prazeroso, saudável e não-discriminatório de experiências
educativas e sociais variadas.
5.2 Professor: uma fonte de
inspiração
O melhor
ensinamento é o exemplo. As palavras se perdem no ar, porque são abstratas, mas
os registros das ações, não; estes ficam
impressos na consciência e certamente serão produzidos pelos
alunos, em algum momento. A busca de uma
coerência interna e externa entre o discurso e a prática é fundamental;
trabalhamos com valores autênticos. Duas palavras mágicas caracterizam a
maneira pela qual o ser humano se relaciona com o mundo: imitação e exemplo.
Tudo o que acontece no seu ambiente físico, o ser humano imita. Devemos
considerar ambiente físico em sua acepção mais ampla, nele incluindo não só o
que se passa materialmente ao seu redor, mas tudo que ocorre e seus sentidos
percebem e que, a partir do espaço físico, é suscetível de agir sobre ela. Isso
inclui todas as ações morais e imorais, inteligentes e tolas que se possa
perceber. Não são as sentenças morais nem os ensinamentos da razão que atuam nesse
sentido sobre o ser humano, mas apenas aquilo que os outros fazem ao seu redor
de maneira visível. Alguns dos estímulos têm efeito modelador sobre o aluno,
como a alegria provocada pelo ambiente e, dentro deste, os rostos alegres dos
educadores, com um amor antes de tudo sincero, nunca forçado. Tal amor permeia
calorosamente todo o ambiente. Quando pode imitar tais exemplos sadios, em uma
atmosfera de amor, o aluno se encontra no seu espaço adequado.
5.3 Qualidades do bom
orientador
a)
Amor
O
orientador deverá ter uma atitude amorosa com todas as pessoas com as quais
trabalha. Para isso é necessário observá-las no que elas têm de melhor,
especial e único. A afetividade verdadeira é desinteressada e rara nos dias
atuais, por isso é tão procurada. Quando o orientador consegue criar um
ambiente verdadeiramente acolhedor e positivo, todos produzirão e se realizarão
com seu trabalho. A atenção deve ser dada de forma individual, mas sem
preferências, olhando para todos igualmente enquanto fala. Cada um deles se
sentirá querido e respeitado.
b)
Paciência
A
era moderna, dos botões e teclas, da instantaneidade, coloca-nos ansiosos por
resultados e estimula-nos a desvalorizar o processo. Queremos o imediatismo.
Mas o período de transformação é belo. Basta tentar ver , como em câmara lenta,
o desabrochar daquilo que almejamos alcançar. O orientador deverá imbuir-se
desta percepção e encarar seu trabalho com cada grupo de pessoas, como uma
escultura que, passo a passo, vai se formando com a elaboração coletiva. Cada
um, por certo, terá seu ritmo de atuação e isso também faz parte da beleza.
Valorizar cada conquista e não olhar o que falta fazer. Paciência tem muito a
ver com amor.
c) Determinação
Criar
novos planos é fácil; mantê-los de pé até sua conclusão, requer habilidade e
poderes internos. Determinação significa levar adiante, acreditar, investir e
valorizar tudo. Está intimamente ligada à paciência. Quando há o claro
reconhecimento do valor, da meta, não desistimos, mesmo que sejam necessários
reparos a fim de que continuemos. O orientador terá uma boa chance de
exercitar-se neste princípio de valor, no decorrer do ano de aplicação do
projeto, desde que mantenha o pique e a confiança no trabalho, até o final do
ano.
d)
Autoconfiança
Confiar
em si é a base para confiar nos outros, inspirando-os a confiarem em terceiros.
A autoconfiança surge, naturalmente, quando há o trabalho coletivo de valores.
Confiamos mais nas pessoas virtuosas e, com base no mesmo princípio,
confiaremos mais em nós, à medida que formos melhores. Quando há autoconfiança,
o investimento se faz na medida certa, o que contribui grandemente para o
sucesso do empreendimento. Mesmo que o sucesso externo não aconteça, há o ganho
da auto-satisfação: O que era preciso ser feito, foi feito. Não existirá culpa
ou remorso. O orientador precisará desta habilidade a fim de inspirar outros
para que invistam corretamente. Quando seguir a visão de suas próprias
qualidades, será fácil alcançar autoconfiança.
e)
Discrição
Na
medida do possível, o Orientador deverá manter-se autocentrado, equilibrado e
sereno, irradiando suavidade não só no plano subjetivo, mas também no plano
físico. Discreto em sua forma de falar e agir.
f)
Sinceridade
O
Orientador deverá buscar a unidade em pensamentos, palavras e ações, manifestando
assim sinceridade. Deverá ser sincero, mas nunca amargo. Compreender e agir,
buscando o equilíbrio entre o intelecto e o coração. Fazer as coisas com
honestidade e sinceridade significa não se preocupar com o sucesso ou
reconhecimento; é o fazer pelo simples prazer da realização do ato. Entrar
inteiro na proposta, visando somente o bem comum, com pureza completa de
intenções.
g)
Entusiasmo
Palavra de origem grega.
Significa ser preenchido da energia divina. Nos dias de hoje, desânimo e desconfiança
são onipresentes. É preciso criar esta energia, conduto de bons sentimentos,
bons pensamentos sobre tudo e todos. O entusiasmo nasce de dentro para fora e
se fortalece na seiva da confiança. Durante as reuniões, o orientador precisa manter-se
atento. Seu brilho íntimo deve ser forte. Dele dependerá a beleza do trabalho.
h)
Responsabilidade
Responsabilidade
é a habilidade de responder pelo que assumimos. É a coragem de aceitar e se
comprometer. Como fruto, haverá auto-realização. O orientador é o líder e, sem
dúvida, sua conduta se torna um modelo. Estar consciente de sua influência
sobre o grupo, e administrar suas ações de forma a gerar benefícios, é o seu
papel e uma expressão de responsabilidade.
i)
Autocontrole
Autocontrole
significa maturidade e equilíbrio. Quando cultivamos a vida interior e sentimos
prazer em “estar conosco” é fácil obter autocontrole, porque podemos recorrer
às nossas “raízes de força”. Aquele que tem o poder do
autocontrole projeta dignidade que eleva a todos e os ajuda a exercitar seu
lado bom. Autocontrole se dá em pensamentos, palavras e atos.
6 - BASE CURRICULAR
·
O
Currículo adotado pelo Estabelecimento obedece aos princípios e fundamentos
definidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais e atendem aos valores expressos
na Lei 9394/96 nos seus artigos 26 e 27 e são desenvolvidos tendo em vista o
que dispõe está Proposta Pedagógica.
·
O currículo pleno adotado para o Ensino Fundamental,
compõe-se de Base Nacional Comum e Parte Diversificada, conforme a natureza do
curso, e são elaborados pela Equipe pedagógica.
·
Objetivos do Ensino Fundamental são os definidos pela
Lei 93/94/96 e complementados por aqueles já expressos neste documento e pelos
Parâmetros Curriculares Nacionais.
6.1Base Curricular geral do Ensino Fundamental
Objetivando a formação do
cidadão com iniciativa para assumir riscos, habilidades para liderar equipes,
oferecemos de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental, o seguinte currículo:
a) Língua Portuguesa.
b) Matemática.
c) História
d) Geografia.
e) Ciências.
f) Artes
g) Educação Física.
h) Educação Religiosa.
7. PLANOS DE
ENSINO – APRENDIZAGEM
7.1Justificativa
Ensino Fundamental de
1º ao 5º ano, etapa significativa na
Formação Escolar e Pessoal do Educando. A fim de consolidarmos
uma intervenção eficaz na conquista da educação ética e cidadã, procuramos
oportunizar procedimentos que estimulem nos alunos o prazer pela leitura e a
capacidade de usar a escrita tanto para desenvolver-se com eficiência,
despertando o senso de pesquisa, bem como levá-los a conquistar um processo
que, quando necessário será resgatado e utilizado com lógica, consciência,
construindo, assim, sua autonomia e autoria de pensamento. Visamos também
proporcionar, na relação interpessoal, atitudes que privilegiem a liberdade de
expressão, formando cidadãos críticos, íntegros, fraternos e responsáveis pela
transformação de um mundo melhor e mais justo. Uma forma rica de aprendizagem é
a troca de vivências e experiências com o grupo no qual estamos inseridos.
Portanto, no processo ensino-aprendizagem, prioriza-se o trabalho em grupo, que
é o momento importante onde o aluno tem a oportunidade de trabalhar a
convivência grupal, favorecendo a cooperação, o respeito, aprendendo assim a
conviver com as diferenças, que é a arte de lidar com suas emoções. Logo,
acreditamos no valor do trabalho coletivo, em grandes ou pequenos grupos.
Segundo Vygotsky (1989), todas as funções do desenvolvimento do indivíduo
aparecem duas vezes: primeiro no nível social e, depois, no nível individual;
primeiro entre pessoas (interpsicológico) e, posteriormente, no interior do
sujeito (intrapsicológico). Isto significa que o trabalho em grupo oportuniza
maiores condições de aprendizagem. A infância é o momento singular para
trabalharmos todos esses aspectos pertinentes à convivência grupal, tão
necessária para a vida, onde a criança começa a atingir autocontrole,
procurando conter suas aflições, seus impulsos e excitações. Temos uma escuta
atenta aos diferentes modos de aprender, dos diferentes saberes dos alunos, permitindo
à educadora criar intervenções pedagógicas que garantam avanços qualitativos na
apropriação dos conhecimentos, em vivências do aprender a aprender. Desta
forma, a alfabetização se desenvolve nas relações, possibilitando à criança se
apropriar da leitura e da escrita, tornando-se criadora, recriadora e crítica.
O aluno é agente durante todo o processo.
As intervenções
pedagógicas acontecem com a intenção de mobilizar o grupo para as interações,
pois a elaboração e a apropriação do conhecimento emergem da pluralidade, como
processo coletivo de sentidos e significados que vão sendo produzidos,
questionados, redimensionados e/ou recusados no curso das interlocuções da sala
de aula. As intervenções pedagógicas aqui sistematizadas pelo educador irão constituindo-se
e produzindo os conhecimentos a respeito da escrita e leitura bem como sua
função social. Para ser a leitura e a escrita organizadas arbitrariamente pela
sociedade, vemos a necessidade da mediação direta daqueles que já se
apropriaram desta forma de linguagem. Oferecemos à criança a oportunidade de
discutir e compreender a utilidade da linguagem escrita dentro dos diferentes
contextos sociais. É necessário compreender que, no processo de alfabetização,
o convívio com a linguagem escrita deve ser uma atividade real e significativa,
na qual as crianças interagem com diferentes conhecimentos, com o professor,
sua intencionalidade e a linguagem escrita em suas diferentes manifestações.
Logo, criamos no espaço educativo, uma vivência intensa de uso da linguagem
escrita, bem como das diferentes linguagens, entre elas: a oral, o jogo, a
“dramatização”, o desenho, considerando-se que estas são essenciais para a
formação das estruturas necessárias à compreensão da linguagem escrita. Vemos o
colégio como um espaço onde juntos podemos partilhar e construir conhecimentos,
tendo como base a solidariedade, a justiça e todos os valores que
possibilitarão a formação de sujeitos participantes e críticos do processo de
transformação da sociedade.
7.2
Objetivos
- o desenvolvimento da
capacidade de aprender, tendo como meio básico o pleno domínio da leitura, da
escrita e do cálculo;
- a compreensão do ambiente
natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores
em que se fundamenta a sociedade;
- o desenvolvimento da
capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimento e
habilidades e a formação de atitudes e valores;
- o fortalecimento dos
vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância
recíproca em que se assenta a vida social.
7.3 Conteúdo
Conteúdo Programático de Língua Portuguesa
• Língua oral: usos e formas
• Língua escrita: usos e
formas
•
Prática de leitura
•
Prática de produção de texto
•
Análise e reflexão sobre a língua
•
Revisão de textos
• Ortografia
• Pontuação
• Aspectos Gramaticais.
Conteúdo Programático de Matemática
• Números naturais
• Sistema de numeração decimal
• Números Racionais
• Operação com números
naturais e racionais: adição, subtração, multiplicação e divisão.
• Espaço e forma
• Grandezas e medidas.
Conteúdo Programático de História e Geografia
• História local e
do cotidiano
• A localidade
• A comunidade Indígena
• História das organizações
populacionais
• Deslocamentos
populacionais
• Organizações e lutas de grupos sociais e étnicos
• Organizações políticas e administrações urbanas
• Organizações histórica e temporal.
Conteúdo programático de Ciências Naturais
•
Ambiente
•
Ser Humano e saúde
•
Recursos tecnológicos
•
Água
• Captação e armazenamento da água
• Destino das águas servidas
• Saneamento básico
•
Solo e atividades humanas
•
Poluição
•
lixo, coleta e tratamento do lixo.
Conteúdo pragmático de Educação Física
•
Conhecimento sobre o corpo
• Esportes,
jogos, lutas e ginásticas.
• Atividades
rítmicas e expressivas
Conteúdo
pragmático de Artes
• Arte
visuais
• Dança
• Música
• Teatro
Conteúdo pragmático de Religião
• Regras de convivência.
• Respeito ao outro.
• Respeito aos mais velhos.
• Coleguismo.
• Solidariedade.
• Amizade.
• Amor.
• Perdão.
• Vivência de Valores.
7.4 Metodologia
Os princípios piagetianos e vygotskyanos
pressupõem uma pedagogia ativa e cooperativa em sala de aula, centrada no
indivíduo, onde o conhecimento se dá através de sua interação com meio,
pressupostos estes dos quais compartilhamos. Assim sendo, acreditamos em uma
metodologia onde o papel do aluno seja implicar-se, participar da construção do
seu conhecimento e do conhecimento do outro, desenvolvendo habilidades e
adquirindo competências. Esta concepção é elaborada pelo próprio trabalho do
aluno e pela vivência em grupo, de maneira que os conhecimentos sejam
mobilizados para a resolução de problemas.
O processo de
aprendizagem deve ser
orientado não só
para o intelecto (valorizando o conhecimento), mas, atingir, também o
emocional, os sentimentos.
- Aplicação de uma metodologia baseada em experiências pessoais, vivência de valores, trabalhos de grupo, estímulo à criatividade. - No tocante à disciplina: o conceito de bom aluno passivo deve dar lugar ao bom aluno ativo, solidário, participativo, enfatizando a responsabilidade. - Trabalhar com os alunos e não para.
- Levar os alunos a serem autores. - Justificar o que é ensinado, para que os alunos saibam o que e o porquê estão estudando. Saber canalizar as energias dos alunos para um melhor aproveitamento. (Inteligências Múltiplas).
- Aplicação de uma metodologia baseada em experiências pessoais, vivência de valores, trabalhos de grupo, estímulo à criatividade. - No tocante à disciplina: o conceito de bom aluno passivo deve dar lugar ao bom aluno ativo, solidário, participativo, enfatizando a responsabilidade. - Trabalhar com os alunos e não para.
- Levar os alunos a serem autores. - Justificar o que é ensinado, para que os alunos saibam o que e o porquê estão estudando. Saber canalizar as energias dos alunos para um melhor aproveitamento. (Inteligências Múltiplas).
7.5 Avaliação
da Aprendizagem
A
avaliação do desempenho do aluno abrange seu desenvolvimento global nas áreas
cognitiva, afetiva, social e psicomotora e privilegia os aspectos qualitativos
sobre os quantitativos. Avaliação qualitativa significa o direito à
oportunidade que transcende sempre o mero desempenho quantitativo, alojando-se
em cheio no espaço da cidadania competente. O aluno deve poder aprender bem a
reconstruir conhecimento, em termos formais, como deve sobretudo aprender a
tornar-se cidadão crítico e participativo.
8. Passeios Culturais
Esta nova modalidade de trabalho educacional objetiva ofertar às
crianças, a oportunidade de vislumbrar alguns “universos desconhecidos”.Além de
proporcionar prazer na aquisição de novos conhecimentos, a atividade tem o
poder de trazer à escola um caráter mais livre de concepções tradicionalistas,
fazendo com que a criança tenha, no espaço escolar, o contato com atividades do
cotidiano familiar e, conseqüentemente, sinta-se mais à vontade. É importante
enfatizar que cada passeio tem seus objetivos pré-determinados, traçados pelo
grupo, que são elaborados coletivamente.As finalidades buscam:
a)
Fazer a criança conhecer outras realidades, localidades e outras formas
de
estruturas organizacionais.
b)
Realizar intercâmbio cultural.
c)
Ampliar o universo de conhecimento social e lingüístico-expressivo.
d) Desenvolver a
autoconfiança e a responsabilidade com os objetos pessoais.
e) Desenvolver o respeito às
mais variadas formas de culturas.
f) Conhecer o processo de
produção de bens de consumo.
g) Assistir a peças teatrais
e desenvolver o senso crítico-artístico.
h) Perceber as diferenciações
de localidades, clima, vegetação e arquitetura.
i)
Conhecer de perto a história e a cultura existentes nos acervos de museus e
bibliotecas.
j)
Ter contato direto com funcionários e regras dos órgãos responsáveis pela lei e
a ordem das estruturas sociais (como trânsito entre outras...).
k)
Trazer à tona a sociabilidade em suas diferentes formas de expressão.
l) Construção de livro de relatórios dos passeios
culturais.
9.
Temas Transversais
A educação para a cidadania requer que questões sociais sejam
apresentadas para aprendizagem e reflexão dos alunos, buscando um tratamento
didático que contemple sua complexidade e sua dinâmica, dando-lhes a mesma
importância das áreas convencionais. Com isso, o currículo ganha em
flexibilidade e abertura, uma vez que os temas podem ser priorizados e
contextualizados de acordo com as diferentes realidades locais e regionais e
que novos temas sempre podem ser incluídos. O conjunto de temas propostos – Ética,
Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Saúde, Orientação Sexual, Trabalho e
Consumo – recebeu o título geral de Temas Transversais, indicando a
metodologia proposta para sua inclusão no currículo e seu tratamento didático. Esse trabalho requer uma
reflexão ética como eixo norteador, por envolver posicionamentos e concepções a
respeito de suas causas e efeitos, de sua dimensão histórica e política. A
ética é um dos temas mais trabalhados do pensamento filosófico
contemporâneo, mas é também um tema que escapa aos debates acadêmicos, que
invade o cotidiano de cada um, que faz parte do vocabulário conhecido por quase
todos. A reflexão ética traz à luz a discussão sobre a liberdade de escolha. A
ética interroga sobre a legitimidade de práticas e valores consagrados pela
tradição e pelo costume. Abrange tanto a crítica das relações entre os grupos,
dos grupos nas instituições e, ante elas, quanto à dimensão das ações pessoais.
Trata-se, portanto, de discutir o sentido ético da convivência humana nas suas
relações com várias dimensões da vida social: o ambiente, a cultura, o
trabalho, o consumo, a sexualidade, a saúde.
10. Transversalidade e Interdisciplinaridade
A proposta de transversalidade pode acarretar algumas
discussões do ponto de vista conceitual, como, por exemplo, a da sua relação
com a concepção de interdisciplinaridade, bastante difundida no campo da
pedagogia. Essa discussão é pertinente e cabe analisar como estão sendo
consideradas nos Parâmetros Curriculares Nacionais as diferenças entre os dois
conceitos, bem como suas implicações mútuas. A “transversalidade e
interdisciplinaridade” se fundamentam na crítica de uma concepção de
conhecimento que toma a realidade como um conjunto de dados estáveis, sujeitos
a um ato de conhecer isento e distanciado.
Ambas apontam a complexidade do real e a necessidade
de se considerar a teia de relações entre os seus diferentes e contraditórios
aspectos. Mas diferem uma da outra, uma vez que a interdisciplinaridade
refere-se a uma abordagem epistemológica dos objetos de conhecimento, enquanto
a transversalidade diz respeito principalmente à dimensão da didática. A
interdisciplinaridade questiona a segmentação entre os diferentes campos de
conhecimento produzido por uma abordagem que não leva em conta a inter-relação
e a influência entre eles – questiona a visão compartimentada (disciplinar) da
realidade sobre a qual a escola, tal como é conhecida, historicamente se
constituiu. A transversalidade diz respeito à possibilidade de se estabelecer,
na prática educativa, uma relação entre aprender conhecimentos teoricamente
sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real de sua
transformação (aprender na realidade e da realidade); e a uma forma de
sistematizar esse trabalho e incluí-lo explícita e estruturalmente na
organização curricular, garantindo sua continuidade e aprofundamento ao longo
da escolaridade. Na prática pedagógica, interdisciplinaridade e
transversalidade alimentam- se mutuamente, pois o tratamento das questões
trazidas pelos Temas Transversais expõe as inter-relações entre os objetos de
conhecimento, de forma que não é possível fazer um trabalho pautado na
transversalidade tomando-se uma perspectiva disciplinar rígida. A
transversalidade promove uma compreensão abrangente dos diferentes objetos de
conhecimento, bem como a percepção da implicação do sujeito de conhecimento na
sua produção, superando a dicotomia entre ambos. Por essa mesma via, a
transversalidade abre espaço para a inclusão de saberes extra-escolares,
possibilitando a referência a sistemas de significado construído na realidade
dos alunos. Os Temas Transversais, portanto, dá sentido social a procedimentos
e conceitos próprios das áreas convencionais, superando assim o aprender apenas
pela necessidade escolar de “passar de ano”. (PCN’s/Brasília/Secretaria de
Educação Fundamental).
Elaboração
Proposta Pedagógica elaborada
pela Equipe Técnico-Administrativa e pedagógica da Escola Estadual Professor Bevenuto Filho.
Este
documento passará a vigora após sua aprovação pelo órgão.
Diretora
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