segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

PPP 2013



ESCOLA  ESTADUAL PROFESSOR BEVENUTO FILHO





      PROJETO

                      POLÍTICO

                                      PEDAGÓGICO













Santo Antônio do Petengi/RN
2013






Sumário







1.Apresentação..........................................................................................................................04                                                                                                                                                                                                                                



2.      Visão do Contexto..............................................................................................................05



3.      Fundamentos Norteadores..................................................................................................06



4.      Finalidade e os Objetivos  Educacionais............................................................................07



5.      Professor  .........................................................................................................................08



6.      Base Curricular ..................................................................................................................11



7.      Plano  de Ensino Aprendizagem........................................................................................11




8.      Passeios Culturais..............................................................................................................15



9.      Temas Transversais............................................................................................................15




10.  A Transversalidade e Interdisciplinaridade........................................................................16



  1. Elaboração..........................................................................................................................18











 


















1. APRESENTAÇÃO






A presente Projeto Político Pedagógico  define a organização, pedagógica do Escola  Estadual Professor Bevenuto Filho que tem como CNPJ 01.899.678/0001-04 e está  situada à Rua: Williane Câmara de Brito nº 156, CEP: 59298-000 neste Estado e oferece Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano.

A proposta básica deste trabalho é oferecer contribuições provindas da reflexão de educadores, alunos, pais, direção e funcionários   da Escola,  visando intensificar o desenvolvimento de ações cooperativas, eficazes renovadoras.

O Projeto Político Pedagógico é compreendido como processo de ação participativa grupal com pessoas interagindo politicamente em função das necessidades, interesses    e objetivos comuns. Busca um maior envolvimento na ação educativa, considerada responsabilidade de todos os membros da Comunidade Escolar. A educação, em todos os tempos, e principalmente nos dias de hoje,  ressente-se de maior aprofundamento e clareza sobre o verdadeiro sentido da  vida e da aprendizagem e sobre os objetivos a serem alcançados. Não se trata simplesmente de aprender mais algumas matérias, mas, antes, do aprender a viver e viver plenamente. No Projeto Político Pedagógico, deve-se ter clareza suficiente sobre o Processo da Educação e da Aprendizagem, com todos os elementos envolvidos próprios de cada um. Como o projeto não se realiza apenas de modo individual, esperamos que todos, na medida de suas características e possibilidades, participem do processo da educação, cujo fruto e resultado serão vividos na sociedade e na vida participativa de todos os dias. Somente a participação e a partilha de experiências oportunizarão a verdadeira aprendizagem. O desafio é sair da postura reprodutiva, oferecendo indicações que facilitem o aprender e o saber pensar. A educação não mais deverá ser compreendida como estoque de conhecimento, mas como processo de inovação permanente que decorre da capacidade de construir. Surge uma exigência de revisar radicalmente a proposta educativa, direcionando-a para um compromisso construtivo. Seguindo essa linha de pensamento, na caminhada em busca da construção do saber, o mundo sente a necessidade de incluir o pensar próprio. Não podemos “dar” os significados às outras pessoas, elas mesmas devem procurá-los por meio do envolvimento no diálogo e na investigação. Os educandos não querem simplesmente ter e compartilhar, mas ter e compartilhar de modo significativo. Sabemos que é preciso romper com alguns aspectos da matriz pedagógica vigente, cristalizada nas figuras do professor que ensina e do aluno que aprende. A escola deve ser um espaço para construção do saber e integração do indivíduo na sociedade. Baseados na conquista de oportunidades para o entendimento de valores como princípio de vida, norteamos nossa prática de Educação Humanística a partir da pedagogia crítica educando para a cultura da solidariedade. O Projeto Político Pedagógico foi baseado nas mais importantes práticas aplicadas ao contínuo aperfeiçoamento dos profissionais de educação e adequadas à realidade brasileira dos nossos dias, visando à reafirmação das condições de resgate de valores e autodesenvolvimento de cada sujeito, orientados pelos sólidos princípios de solidariedade e ética. Construímos uma prática educacional incorporada e transformadora onde o processo educativo transcende, buscando algo maior que dá sentido ao viver.









            2.  VISÃO DO CONTEXTO




Atualmente, vivenciamos um processo de transformação estrutural com rápidas e significativas mudanças. Esse processo é consequência da revolução tecnológica, da tentativa de formação de uma economia global e de um caminho de mudança cultural, manifestado principalmente pela nova postura das mulheres na sociedade e por uma diferente consciência ecológica e espiritual. Há uma carência de teorias para dar um marco interpretativo à compreensão do contexto atual.  Percebemos que as trajetórias das maiores mudanças estão a nível social.

A família (tradicional) tem recebido grandes impactos, quando da inadaptação de novos papéis. É necessário que mulheres e homens busquem formas de reconstrução da estrutura familiar, sem perceberem o sentido geral dos fatos, seguindo os valores éticos das relações humanas. O processo educacional, tanto na família como nas escolas, está engatinhando na percepção da valorização emocional que ainda é, frequentemente, desconhecida e bloqueada. Cabe a nós, educadores buscarmos formas de expressão que permitam o compartilhar de experiências que não atrofiem a criatividade, o pensamento e a crítica, mas que redefinam, de forma ampla e rica, a educação atual, desacostumando o indivíduo à passividade mental. Os estudos para nosso Projeto Político Pedagógico continuam reinventando a prática de todos os envolvidos, visando um questionamento diante do que fazemos e não um ajustamento a ações cristalizadas. Continuamos descobrindo, a cada dia, o significado mais alto da nossa educação.

A consciência de sabermos o que acontece com cada um de nós e em nosso contexto, faz renascer o ensinante emocional, que vai além da prática diária, que dá significado à sua atuação educativa, fortalecendo, de forma coerente, reflexiva, crítica, amorosa, suas relações com o educando.

O Escola  Estadual Professor Bevenuto Filho vem, através do Projeto Político Pedagógico, resignificar suas ações, a fim de que possa ser parte integrante de um novo paradigma educacional, provocando a comunidade escolar a reforçar o sentido de assumirmos a provisão de nossa realidade. Fazer uma leitura providente da história significa olhar o mundo com empatia, ter um olhar positivo. Devemos trabalhar para que a educação leve à construção de uma cidadania autêntica e seja um meio de compreensão da realidade. Não podemos nos limitar a sermos apenas repassadores de conhecimentos. É necessário que busquemos, permanentemente, aprimorar o trabalho pedagógico que leve a criar condições fundamentais para a autodeterminação dos educandos.








3. FUNDAMENTOS NORTEADORES




Nosso Projeto Político Pedagógico, ao ser traçado em pontos firmes, mas flexíveis,  busca evitar uma diretividade exagerada, pois não pretende ser um projeto acabado e formalizado, mas estar aberto à criatividade de cada um para que possa planejar a dinâmica do ensinar e do aprender de acordo com as solicitações de cada momento. Os pressupostos e princípios desse projeto devem ser construídos com base nas experiências vividas, com os olhos atentos aos sinais dos tempos atuais e dirigidos a um futuro próximo ou remoto. Pretende ser criterioso onde o dizer e o fazer, busquem os ecos da adequação e da coerência, num paradigma que acompanhe a peregrinação de ser um bom educador.

A escola deve, em qualquer momento do processo pedagógico, ter clareza do seu papel”. Há um alvo a ser alcançado: a universalização e a socialização do saber, das ciências, das letras, das artes, da política e da técnica. Mas há um ponto de partida que não pode ser esquecido: as experiências de vida e a realidade percebida por aqueles a quem ela deve educar. O objetivo deve ser o de elevar o nível de compreensão dessa realidade por parte do educando, que deve ultrapassar a percepção do senso comum. Em nosso Projeto Político Pedagógico, o homem deve ser visto numa totalidade dinâmica como um ser que integra os aspectos biológicos, psicológicos e sociológicos. Uma pessoa com condições para a mudança, orientada para ser sujeito de sua educação.  O objetivo primordial é dar espaço para que o educando possa exercer sua consciência crítica ao aprender fazendo.

A escola deve constituir-se em lugar onde o aluno construa o seu conhecimento, numa postura de indagação e análise avaliativa da realidade social, ao mesmo tempo em que experiência os valores em ações efetivas. Devemos continuar buscando uma Escola aberto aos interesses e necessidades do meio circundante, sem perder nossa identidade, resguardando os princípios da filosofia, que têm, como características, as atitudes brotadas do amor e da união.

            Considerando as demandas da sociedade contemporânea  e os dispositivos legais, a  escola tem como Princípios:

Igualdade de condições para acesso e permanência na escola;

Qualidade é a garantia de condições condignas de educação para todos os que ingressam na escola, para que possam nela permanecer estudando e aprendendo com sucesso;

Liberdade para aprender, ensinar pesquisar e participar.

Seguindo esses princípios a Escola define sua Visão de Futuro:

É a de ser uma Escola  que ofereça um ensino de qualidade, baseada  nos princípios de liberdade e igualdade para todos.

            Tendo presente que a Visão é como um sonho que deve ser concretizado por todos na Organização. A escola situa sua Missão como forma de concretizar a Visão, definindo que:

 “A Missão da escola consiste em oportunizar a construção do conhecimento por meio de métodos e técnicas atualizadas, tendo, como resultado final, cidadãos críticos, preparados para o exercício da cidadania capazes de participar ativamente da sociedade atual e futura, alcançando sucesso no prosseguimento dos estudos e na vida pessoal”.













4. AS FINALIDADES E OS OBJETIVOS EDUCACIONAIS





Objetivos Gerais



O Escola  Estadual Professor Bevenuto Filho tem por finalidade oferecer a Educação Básica no nível de Ensino Fundamental I, na perspectiva de desenvolver o educando, assegura-lhe a formação comum indispensável para o exercício de cidadania e oferecer-lhe meios para progredir nos estudos posteriores, atendendo a Política Educacional vigente no País e no Estado.







Objetivos Específicos



São objetivos específicos do Ensino Fundamental de acordo com a política Educacional do país e necessidades do educando e da comunidade:

a)     o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meio básico o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

b)    a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

c)     o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores;

d)    o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.






5. PROFESSOR




A arte suprema do Mestre consiste em despertar o gozo da expressão criativa e do conhecimento.

Albert Einstein




Para que a prática educativa se dê nos termos previstos, é de suma importância a figura do professor e, em âmbito maior, todo o corpo docente. Podemos aqui, abrir três pontos fundamentais:



A formação do professor – conforme a LDB no título VI, art. 62: “A formação de docentes para atuar na educação básica, far-se-á em nível superior e curso de licenciatura, de graduação plena...”



O perfil do professor vai além da formação superior. Ele deve ser um profissional polivalente que trabalha desde os cuidados básicos essenciais (higiene, alimentação, repouso) até o conhecimento do desenvolvimento físico, psíquico, social e cognitivo da criança. Além da formação acadêmica equivalente, adequada e necessária, este perfil do professor se configura na sua vivência através da observação e formação.



A formação continuada deve ser admitida sob dois aspectos. Como primeiro aspecto temos o constante aprimoramento teórico e como segundo aspecto a reflexão da prática pedagógica. Neste trabalho entre o refletir e o estudar, o professor vai colocando sua fala, expressando-se, elaborando sua teoria e tornando sua formação um continuar constante. Faz parte ainda da formação continuada do professor a participação deste em congressos, seminários, palestras etc., promovidos ou proporcionados pela Instituição. O professor deve estar sempre pronto para atender, ter uma capacidade de inter-relacionamento pessoal e social junto às famílias, alunos e comunidade escolar como um todo.



É através da prática do professor, que o Projeto Político Pedagógico acontece. Portanto, é de sua competência estruturar o campo das brincadeiras na vida das crianças, organizar a base estrutural através da oferta de objetos, fantasias, brinquedos, jogos, espaço e tempo do brincar. Sua observação atenta às crianças oferecerá subsídios para uma reflexão e constante reelaboração da sua prática. Deve interferir nas brincadeiras de maneira a enriquecer a imaginação, criação e organização da criança; organizar situações para que as crianças possam discernir, discutir e organizar jogos e, conseqüentemente, crescer em autonomia.



O professor deve ser o mediador entre a criança e o objeto de conhecimento, impulsionando a zona de desenvolvimento proximal. Cabe também a ele a tarefa de individualizar as situações de aprendizagem, planejando, a fim de oferecer diversas situações de experiências sociais, afetivas, emocionais e cognitivas. O conhecimento da criança é muito importante para que o professor a guie em sua ação educativa. Ainda lhe cabe a função de propiciar e garantir um ambiente rico, prazeroso, saudável e não-discriminatório de experiências educativas e sociais variadas.





5.2 Professor: uma fonte de inspiração



O melhor ensinamento é o exemplo. As palavras se perdem no ar, porque são abstratas, mas os registros das ações, não; estes ficam  impressos na consciência e certamente serão produzidos pelos alunos,  em algum momento. A busca de uma coerência interna e externa entre o discurso e a prática é fundamental; trabalhamos com valores autênticos. Duas palavras mágicas caracterizam a maneira pela qual o ser humano se relaciona com o mundo: imitação e exemplo. Tudo o que acontece no seu ambiente físico, o ser humano imita. Devemos considerar ambiente físico em sua acepção mais ampla, nele incluindo não só o que se passa materialmente ao seu redor, mas tudo que ocorre e seus sentidos percebem e que, a partir do espaço físico, é suscetível de agir sobre ela. Isso inclui todas as ações morais e imorais, inteligentes e tolas que se possa perceber. Não são as sentenças morais nem os ensinamentos da razão que atuam nesse sentido sobre o ser humano, mas apenas aquilo que os outros fazem ao seu redor de maneira visível. Alguns dos estímulos têm efeito modelador sobre o aluno, como a alegria provocada pelo ambiente e, dentro deste, os rostos alegres dos educadores, com um amor antes de tudo sincero, nunca forçado. Tal amor permeia calorosamente todo o ambiente. Quando pode imitar tais exemplos sadios, em uma atmosfera de amor, o aluno se encontra no seu espaço adequado.



5.3 Qualidades do bom orientador



a) Amor

O orientador deverá ter uma atitude amorosa com todas as pessoas com as quais trabalha. Para isso é necessário observá-las no que elas têm de melhor, especial e único. A afetividade verdadeira é desinteressada e rara nos dias atuais, por isso é tão procurada. Quando o orientador consegue criar um ambiente verdadeiramente acolhedor e positivo, todos produzirão e se realizarão com seu trabalho. A atenção deve ser dada de forma individual, mas sem preferências, olhando para todos igualmente enquanto fala. Cada um deles se sentirá querido e respeitado.





b) Paciência

A era moderna, dos botões e teclas, da instantaneidade, coloca-nos ansiosos por resultados e estimula-nos a desvalorizar o processo. Queremos o imediatismo. Mas o período de transformação é belo. Basta tentar ver , como em câmara lenta, o desabrochar daquilo que almejamos alcançar. O orientador deverá imbuir-se desta percepção e encarar seu trabalho com cada grupo de pessoas, como uma escultura que, passo a passo, vai se formando com a elaboração coletiva. Cada um, por certo, terá seu ritmo de atuação e isso também faz parte da beleza. Valorizar cada conquista e não olhar o que falta fazer. Paciência tem muito a ver com amor.



c) Determinação

Criar novos planos é fácil; mantê-los de pé até sua conclusão, requer habilidade e poderes internos. Determinação significa levar adiante, acreditar, investir e valorizar tudo. Está intimamente ligada à paciência. Quando há o claro reconhecimento do valor, da meta, não desistimos, mesmo que sejam necessários reparos a fim de que continuemos. O orientador terá uma boa chance de exercitar-se neste princípio de valor, no decorrer do ano de aplicação do projeto, desde que mantenha o pique e a confiança no trabalho, até o final do ano.



d) Autoconfiança

Confiar em si é a base para confiar nos outros, inspirando-os a confiarem em terceiros. A autoconfiança surge, naturalmente, quando há o trabalho coletivo de valores. Confiamos mais nas pessoas virtuosas e, com base no mesmo princípio, confiaremos mais em nós, à medida que formos melhores. Quando há autoconfiança, o investimento se faz na medida certa, o que contribui grandemente para o sucesso do empreendimento. Mesmo que o sucesso externo não aconteça, há o ganho da auto-satisfação: O que era preciso ser feito, foi feito. Não existirá culpa ou remorso. O orientador precisará desta habilidade a fim de inspirar outros para que invistam corretamente. Quando seguir a visão de suas próprias qualidades, será fácil alcançar autoconfiança.



e) Discrição

Na medida do possível, o Orientador deverá manter-se autocentrado, equilibrado e sereno, irradiando suavidade não só no plano subjetivo, mas também no plano físico. Discreto em sua forma de falar e agir.



f) Sinceridade

O Orientador deverá buscar a unidade em pensamentos, palavras e ações, manifestando assim sinceridade. Deverá ser sincero, mas nunca amargo. Compreender e agir, buscando o equilíbrio entre o intelecto e o coração. Fazer as coisas com honestidade e sinceridade significa não se preocupar com o sucesso ou reconhecimento; é o fazer pelo simples prazer da realização do ato. Entrar inteiro na proposta, visando somente o bem comum, com pureza completa de intenções.





g) Entusiasmo

Palavra de origem grega. Significa ser preenchido da energia divina. Nos dias de hoje, desânimo e desconfiança são onipresentes. É preciso criar esta energia, conduto de bons sentimentos, bons pensamentos sobre tudo e todos. O entusiasmo nasce de dentro para fora e se fortalece na seiva da confiança. Durante as reuniões, o orientador precisa manter-se atento. Seu brilho íntimo deve ser forte. Dele dependerá a beleza do trabalho.



h) Responsabilidade

Responsabilidade é a habilidade de responder pelo que assumimos. É a coragem de aceitar e se comprometer. Como fruto, haverá auto-realização. O orientador é o líder e, sem dúvida, sua conduta se torna um modelo. Estar consciente de sua influência sobre o grupo, e administrar suas ações de forma a gerar benefícios, é o seu papel e uma expressão de responsabilidade.



i) Autocontrole

Autocontrole significa maturidade e equilíbrio. Quando cultivamos a vida interior e sentimos prazer em “estar conosco” é fácil obter autocontrole, porque podemos recorrer às nossas “raízes de força”. Aquele que tem o poder do autocontrole projeta dignidade que eleva a todos e os ajuda a exercitar seu lado bom. Autocontrole se dá em pensamentos, palavras e atos.







6 - BASE CURRICULAR



·         O Currículo adotado pelo Estabelecimento obedece aos princípios e fundamentos definidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais e atendem aos valores expressos na Lei 9394/96 nos seus artigos 26 e 27 e são desenvolvidos tendo em vista o que dispõe está Proposta Pedagógica.



·         O currículo pleno adotado para o Ensino Fundamental, compõe-se de Base Nacional Comum e Parte Diversificada, conforme a natureza do curso, e são elaborados pela Equipe pedagógica.



·         Objetivos do Ensino Fundamental são os definidos pela Lei 93/94/96 e complementados por aqueles já expressos neste documento e pelos Parâmetros Curriculares Nacionais.



6.1Base Curricular geral do Ensino Fundamental




Objetivando a formação do cidadão com iniciativa para assumir riscos, habilidades para liderar equipes, oferecemos de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental, o seguinte currículo:

a) Língua Portuguesa.

b) Matemática.

c) História

d) Geografia.

e) Ciências.

f) Artes

g) Educação Física.

h) Educação Religiosa.







7.  PLANOS DE ENSINO – APRENDIZAGEM





7.1Justificativa



Ensino Fundamental de 1º ao 5º ano,  etapa significativa na Formação Escolar e Pessoal do Educando. A fim de consolidarmos uma intervenção eficaz na conquista da educação ética e cidadã, procuramos oportunizar procedimentos que estimulem nos alunos o prazer pela leitura e a capacidade de usar a escrita tanto para desenvolver-se com eficiência, despertando o senso de pesquisa, bem como levá-los a conquistar um processo que, quando necessário será resgatado e utilizado com lógica, consciência, construindo, assim, sua autonomia e autoria de pensamento. Visamos também proporcionar, na relação interpessoal, atitudes que privilegiem a liberdade de expressão, formando cidadãos críticos, íntegros, fraternos e responsáveis pela transformação de um mundo melhor e mais justo. Uma forma rica de aprendizagem é a troca de vivências e experiências com o grupo no qual estamos inseridos. Portanto, no processo ensino-aprendizagem, prioriza-se o trabalho em grupo, que é o momento importante onde o aluno tem a oportunidade de trabalhar a convivência grupal, favorecendo a cooperação, o respeito, aprendendo assim a conviver com as diferenças, que é a arte de lidar com suas emoções. Logo, acreditamos no valor do trabalho coletivo, em grandes ou pequenos grupos. Segundo Vygotsky (1989), todas as funções do desenvolvimento do indivíduo aparecem duas vezes: primeiro no nível social e, depois, no nível individual; primeiro entre pessoas (interpsicológico) e, posteriormente, no interior do sujeito (intrapsicológico). Isto significa que o trabalho em grupo oportuniza maiores condições de aprendizagem. A infância é o momento singular para trabalharmos todos esses aspectos pertinentes à convivência grupal, tão necessária para a vida, onde a criança começa a atingir autocontrole, procurando conter suas aflições, seus impulsos e excitações. Temos uma escuta atenta aos diferentes modos de aprender, dos diferentes saberes dos alunos, permitindo à educadora criar intervenções pedagógicas que garantam avanços qualitativos na apropriação dos conhecimentos, em vivências do aprender a aprender. Desta forma, a alfabetização se desenvolve nas relações, possibilitando à criança se apropriar da leitura e da escrita, tornando-se criadora, recriadora e crítica. O aluno é agente durante todo o processo.

As intervenções pedagógicas acontecem com a intenção de mobilizar o grupo para as interações, pois a elaboração e a apropriação do conhecimento emergem da pluralidade, como processo coletivo de sentidos e significados que vão sendo produzidos, questionados, redimensionados e/ou recusados no curso das interlocuções da sala de aula. As intervenções pedagógicas aqui sistematizadas pelo educador irão constituindo-se e produzindo os conhecimentos a respeito da escrita e leitura bem como sua função social. Para ser a leitura e a escrita organizadas arbitrariamente pela sociedade, vemos a necessidade da mediação direta daqueles que já se apropriaram desta forma de linguagem. Oferecemos à criança a oportunidade de discutir e compreender a utilidade da linguagem escrita dentro dos diferentes contextos sociais. É necessário compreender que, no processo de alfabetização, o convívio com a linguagem escrita deve ser uma atividade real e significativa, na qual as crianças interagem com diferentes conhecimentos, com o professor, sua intencionalidade e a linguagem escrita em suas diferentes manifestações. Logo, criamos no espaço educativo, uma vivência intensa de uso da linguagem escrita, bem como das diferentes linguagens, entre elas: a oral, o jogo, a “dramatização”, o desenho, considerando-se que estas são essenciais para a formação das estruturas necessárias à compreensão da linguagem escrita. Vemos o colégio como um espaço onde juntos podemos partilhar e construir conhecimentos, tendo como base a solidariedade, a justiça e todos os valores que possibilitarão a formação de sujeitos participantes e críticos do processo de transformação da sociedade.



7.2 Objetivos

- o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meio básico o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

- a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

- o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores;

- o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

7.3 Conteúdo

 


Conteúdo Programático de Língua Portuguesa


• Língua oral: usos e formas

• Língua escrita: usos e formas

• Prática de leitura

• Prática de produção de texto

• Análise e reflexão sobre a língua

                        • Revisão de textos

                        • Ortografia

                        • Pontuação

                        • Aspectos Gramaticais.



Conteúdo Programático de Matemática

• Números naturais

• Sistema de numeração decimal

• Números Racionais

• Operação com números naturais e racionais: adição, subtração, multiplicação e divisão.

• Espaço e forma

• Grandezas e medidas.



Conteúdo Programático de História e Geografia

História local e do cotidiano

            • A localidade

            • A comunidade Indígena

• História das organizações populacionais

            • Deslocamentos populacionais

            • Organizações e lutas de grupos sociais e étnicos

            • Organizações políticas e administrações urbanas

            • Organizações histórica e temporal.



Conteúdo programático de Ciências Naturais


• Ambiente

• Ser Humano e saúde

• Recursos tecnológicos

• Água

         • Captação e armazenamento da água

         • Destino das águas servidas

         • Saneamento básico

• Solo e atividades humanas

• Poluição

• lixo, coleta e tratamento do lixo.



Conteúdo pragmático de Educação Física

• Conhecimento sobre o corpo

• Esportes, jogos, lutas e ginásticas.

• Atividades rítmicas e expressivas







Conteúdo pragmático de Artes

• Arte visuais

• Dança

• Música

• Teatro



Conteúdo pragmático de Religião

• Regras de convivência.

• Respeito ao outro.

• Respeito aos mais velhos.

• Coleguismo.

• Solidariedade.

• Amizade.

• Amor.

• Perdão.

• Vivência de Valores.











7.4 Metodologia

Os princípios piagetianos e vygotskyanos pressupõem uma pedagogia ativa e cooperativa em sala de aula, centrada no indivíduo, onde o conhecimento se dá através de sua interação com meio, pressupostos estes dos quais compartilhamos. Assim sendo, acreditamos em uma metodologia onde o papel do aluno seja implicar-se, participar da construção do seu conhecimento e do conhecimento do outro, desenvolvendo habilidades e adquirindo competências. Esta concepção é elaborada pelo próprio trabalho do aluno e pela vivência em grupo, de maneira que os conhecimentos sejam mobilizados para a resolução de problemas.  O    processo     de    aprendizagem    deve  ser  orientado  não  só   para o intelecto (valorizando o conhecimento), mas, atingir, também o emocional, os sentimentos.
- Aplicação de uma metodologia baseada em experiências pessoais, vivência de  valores, trabalhos de grupo, estímulo à criatividade.  - No tocante à disciplina: o conceito de bom aluno passivo deve dar lugar ao bom aluno ativo, solidário, participativo, enfatizando a responsabilidade.  - Trabalhar com os alunos e não para.
- Levar os alunos a serem autores.  - Justificar o que é ensinado, para que os alunos saibam o que e o porquê estão estudando.  Saber canalizar as energias dos alunos para um melhor aproveitamento. (Inteligências Múltiplas).



7.5 Avaliação da Aprendizagem

A avaliação do desempenho do aluno abrange seu desenvolvimento global nas áreas cognitiva, afetiva, social e psicomotora e privilegia os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Avaliação qualitativa significa o direito à oportunidade que transcende sempre o mero desempenho quantitativo, alojando-se em cheio no espaço da cidadania competente. O aluno deve poder aprender bem a reconstruir conhecimento, em termos formais, como deve sobretudo aprender a tornar-se cidadão crítico e participativo.

 

 

8. Passeios Culturais



Esta nova modalidade de trabalho educacional objetiva ofertar às crianças, a oportunidade de vislumbrar alguns “universos desconhecidos”.Além de proporcionar prazer na aquisição de novos conhecimentos, a atividade tem o poder de trazer à escola um caráter mais livre de concepções tradicionalistas, fazendo com que a criança tenha, no espaço escolar, o contato com atividades do cotidiano familiar e, conseqüentemente, sinta-se mais à vontade. É importante enfatizar que cada passeio tem seus objetivos pré-determinados, traçados pelo grupo, que são elaborados coletivamente.As finalidades buscam:



a) Fazer a criança conhecer outras realidades, localidades e outras formas

de estruturas organizacionais.

b) Realizar intercâmbio cultural.

c) Ampliar o universo de conhecimento social e lingüístico-expressivo.

d) Desenvolver a autoconfiança e a responsabilidade com os objetos pessoais.

e) Desenvolver o respeito às mais variadas formas de culturas.

f) Conhecer o processo de produção de bens de consumo.

g) Assistir a peças teatrais e desenvolver o senso crítico-artístico.

h) Perceber as diferenciações de localidades, clima, vegetação e arquitetura.

i) Conhecer de perto a história e a cultura existentes nos acervos de museus e bibliotecas.

j) Ter contato direto com funcionários e regras dos órgãos responsáveis pela lei e a ordem das estruturas sociais (como trânsito entre outras...).

k) Trazer à tona a sociabilidade em suas diferentes formas de expressão.

l) Construção de livro de relatórios dos passeios culturais.





9.  Temas Transversais



A educação para a cidadania requer que questões sociais sejam apresentadas para aprendizagem e reflexão dos alunos, buscando um tratamento didático que contemple sua complexidade e sua dinâmica, dando-lhes a mesma importância das áreas convencionais. Com isso, o currículo ganha em flexibilidade e abertura, uma vez que os temas podem ser priorizados e contextualizados de acordo com as diferentes realidades locais e regionais e que novos temas sempre podem ser incluídos. O conjunto de temas propostos – Ética, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Saúde, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo – recebeu o título geral de Temas Transversais, indicando a metodologia proposta para sua inclusão no currículo e seu tratamento didático. Esse trabalho requer uma reflexão ética como eixo norteador, por envolver posicionamentos e concepções a respeito de suas causas e efeitos, de sua dimensão histórica e política. A ética é um dos temas mais trabalhados do pensamento filosófico contemporâneo, mas é também um tema que escapa aos debates acadêmicos, que invade o cotidiano de cada um, que faz parte do vocabulário conhecido por quase todos. A reflexão ética traz à luz a discussão sobre a liberdade de escolha. A ética interroga sobre a legitimidade de práticas e valores consagrados pela tradição e pelo costume. Abrange tanto a crítica das relações entre os grupos, dos grupos nas instituições e, ante elas, quanto à dimensão das ações pessoais. Trata-se, portanto, de discutir o sentido ético da convivência humana nas suas relações com várias dimensões da vida social: o ambiente, a cultura, o trabalho, o consumo, a sexualidade, a saúde.



10. Transversalidade e Interdisciplinaridade



A proposta de transversalidade pode acarretar algumas discussões do ponto de vista conceitual, como, por exemplo, a da sua relação com a concepção de interdisciplinaridade, bastante difundida no campo da pedagogia. Essa discussão é pertinente e cabe analisar como estão sendo consideradas nos Parâmetros Curriculares Nacionais as diferenças entre os dois conceitos, bem como suas implicações mútuas. A “transversalidade e interdisciplinaridade” se fundamentam na crítica de uma concepção de conhecimento que toma a realidade como um conjunto de dados estáveis, sujeitos a um ato de conhecer isento e distanciado.

Ambas apontam a complexidade do real e a necessidade de se considerar a teia de relações entre os seus diferentes e contraditórios aspectos. Mas diferem uma da outra, uma vez que a interdisciplinaridade refere-se a uma abordagem epistemológica dos objetos de conhecimento, enquanto a transversalidade diz respeito principalmente à dimensão da didática. A interdisciplinaridade questiona a segmentação entre os diferentes campos de conhecimento produzido por uma abordagem que não leva em conta a inter-relação e a influência entre eles – questiona a visão compartimentada (disciplinar) da realidade sobre a qual a escola, tal como é conhecida, historicamente se constituiu. A transversalidade diz respeito à possibilidade de se estabelecer, na prática educativa, uma relação entre aprender conhecimentos teoricamente sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real de sua transformação (aprender na realidade e da realidade); e a uma forma de sistematizar esse trabalho e incluí-lo explícita e estruturalmente na organização curricular, garantindo sua continuidade e aprofundamento ao longo da escolaridade. Na prática pedagógica, interdisciplinaridade e transversalidade alimentam- se mutuamente, pois o tratamento das questões trazidas pelos Temas Transversais expõe as inter-relações entre os objetos de conhecimento, de forma que não é possível fazer um trabalho pautado na transversalidade tomando-se uma perspectiva disciplinar rígida. A transversalidade promove uma compreensão abrangente dos diferentes objetos de conhecimento, bem como a percepção da implicação do sujeito de conhecimento na sua produção, superando a dicotomia entre ambos. Por essa mesma via, a transversalidade abre espaço para a inclusão de saberes extra-escolares, possibilitando a referência a sistemas de significado construído na realidade dos alunos. Os Temas Transversais, portanto, dá sentido social a procedimentos e conceitos próprios das áreas convencionais, superando assim o aprender apenas pela necessidade escolar de “passar de ano”. (PCN’s/Brasília/Secretaria de Educação Fundamental).















Elaboração





Proposta Pedagógica elaborada pela Equipe Técnico-Administrativa e pedagógica da Escola  Estadual Professor Bevenuto Filho.

















Este documento passará a vigora após sua aprovação pelo órgão.











Diretora

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