domingo, 29 de janeiro de 2017

PLANO CURRICULAR 2017


ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR BEVENUTO FILHO

PLANO CURRICULAR



SUMÁRIO

1.    APRESENTAÇÃO
2.    CONCEITO DE CURRÍCULO
2.1    Modelo de Escola
2.2    Conceito de Currículo
2.3    Conceito de Plano Curricular
3.     ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
3.1   Base Curricular
3.2   Estrutura curricular
4.     PLANOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM
4.1  Objetivos e conteúdos por série e  disciplina
4.2  Metodologia
4.3 Avaliação
5.     REFERÊNCIAS


1. APRESENTAÇÃO

Para garantir a implementação do Projeto Político Pedagógico no processo principal – que é o ensino e a aprendizagem – foi concebido  pela Equipe Pedagógica o Plano Curricular da Escola.
O Plano Curricular adotado pela Escola obedece aos princípios e fundamentos definidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais e atendem aos valores expressos na Lei 9394/96 nos seus artigos 26, sendo composto de Base Nacional Comum e Parte Diversificada.
A escola optou pela construção de um Currículo por série e disciplinas,  com espaço de autonomia para o professor construir seu planejamento contemplando os princípios da interdisciplinaridade e transversalidade adequados para cada faixa etária, buscando um processo de continuidade de uma série para a outra, valorizando mais os conteúdos considerados básicos para a promoção do aluno ao nível seguinte, e os   objetivos do Ensino Fundamental definidos pela Lei 93/94/96 e complementados por aqueles expressos nos Parâmetros Curriculares Nacionais.


2. CONCEITO DE  CURRÍCULO

Ao definir o Plano Curricular, alguns requisitos tornam-se indispensáveis para que todos possam se situar naquilo que está sendo proposto. Em primeiro lugar, é necessário definir o modelo de escola no que diz respeito à identidade da Instituição de Ensino. Outro elemento importante é o próprio conceito de currículo, pois, desconhecendo-o, será muito difícil que todos tenham a mesma linha de trabalho. Após a definição de currículo, é preciso esclarecer o que se entende por Plano Curricular. A clareza de conceito não garante o êxito do trabalho educacional, mas certamente facilita, fazendo que todos os profissionais tenham os mesmos objetivos e, assim, possam perseguir as mesmas metas na qualificação do ensino, melhorando, sempre mais, os resultados da aprendizagem.


2.1  Modelo de escola

            Adotamos o modelo da escola que procura  ser   um   pólo   irradiador   de  cultura,  baseada  em  princípios  de construção  de uma cidadania desencadeadora de  valores que operacionaliza através de projetos socializantes, promovendo desafios para efetiva participação e engajamento de   todos   envolvidos   com   o   processo  de   aprendizagem   para  seu  fim  único,  a valorização pessoal e humana.
Para alçamos este modelo de escola, implica priorizar:         
     - Vivência de valores permanentes;          
     - Acompanhamento do desenvolvimento científico e tecnológico;         
     - Trabalho com pedagogia de projetos;                 
     - Ações práticas de princípios cidadãos participativos e éticos;   
     - Ações participativas e autônomas com criatividade e criticidade.

        2.2  Conceito de currículo
               
Tendo como parâmetro a abrangência do processo formativo do aluno, define-se currículo a partir da conceituação de César Coll, (1996) que afirma: “Os elementos que organizam o currículo trazem informações sobre o que ensinar, quando ensinar, como ensinar, o que, como e quando avaliar.”.
Assim sendo, fica explícito que existe diferença entre o que se quer ensinar, ou seja, o Currículo Oficial, que estabelece os conteúdos a serem ministrados, bem como a ordem a ser seguida; e o que realmente se ensina – o Currículo Oculto, aquele que é composto por contradições entre teoria e prática, ou seja, pelos valores e visão de mundo do professor. Estas duas dimensões do currículo são vivenciadas pelos alunos, em sala de aula, de forma conjunta. Estão intimamente unidas, dando, pois, origem ao que se denomina de Currículo Real (LIBÂNIO, 2001).
A partir desta abordagem, pode-se concluir que o currículo tem abrangência muito maior do que a listagem de conteúdos a serem trabalhados pelo professor. Entendendo o currículo a partir da transcendência do conteúdo programático, que inclui todas as vivências pedagógicas oportunizadas pela Escola, acreditamos que a construção do conhecimento será o resultado da ação dinâmica dos alunos, em relação ao conteúdo, com a liderança e a coordenação do professor.
A definição do currículo da escola tem como base e fundamento a concretização dos grandes objetivos propostos na Visão e na Missão da Instituição de Ensino. A estrutura organizacional do currículo, na escola, foi concebida para atender melhor os alunos, levando em conta a idade e a vivência em grupos de forma sequenciada.

2.3  Conceito de Plano Curricular

Por Plano Curricular, entendem-se todas as oportunidades de aprendizagem oferecidas pela escola e incorporadas nos diversos componentes curriculares. O processo educacional desenvolvido na escola exige uma organização sistêmica do Plano Curricular de forma a viabilizar o aprendizado nas mais diversas áreas do conhecimento. O plano curricular incluem práticas pedagógicas a serem desenvolvidas no ambiente escolar, contemplando a formação integral e integradora do ser humano. Tanto os aspectos científicos como os filosóficos e psicológicos fazem parte do plano curricular, portanto do currículo a ser desenvolvido.



3.            ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

3.1. Base curricular do Ensino Fundamental

Objetivando a formação do cidadão oferecemos o Ensino Fundamental do 1º a 5º ano, e adotamos um Currículo que obedece aos princípios e fundamentos definidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais e atendem aos valores expressos na Lei 9394/96 nos seus artigos 26, sendo composto de Base Nacional Comum e Parte Diversificada.
 I - Base Nacional Comum
a) Língua Portuguesa.
b) Matemática.
c) História
d) Geografia.
e) Ciências.
f) Artes
g) Educação Física.
h) Educação Religiosa.

            II – Base diversificada
A parte diversificada do currículo aborda  temas locais e segue os referenciais - Temas Transversais - contidos nos PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais e será utilizada para contextualizar, os conteúdos das disciplinas da Base Nacional Comum.
a)                  Ética e cidadania
b)                 Diversidades culturais;
c)                  Educação ambiental
d)                 Saúde
e)                  Orientação sexual;
f)                  Trabalho e consume
g)                  Temas locais. 


3.2 Estrutura Curricular
A organização estrutural do currículo exige que se leve em conta as melhores condições para o aprendizado nos diversos níveis de ensino. No Ensino Fundamental os currículos estão organizados por série, os currículos estão organizados de tal maneira que atendam às exigências legais e possam conduzir o aluno à satisfação de suas necessidades educacionais. O Currículo adotado pela Escola obedece aos princípios e fundamentos definidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais e atendem aos valores expressos na Lei 9394/96 nos seus artigos 26 e 27 e são desenvolvidos tendo em vista o que dispõe este Plano Curricular.
O Plano Curricular da escola contém a seguinte estrutura:
a)      Nível de ensino, Série ou ano de acordo com LDB 9394/96, Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, novas DCN para o Ensino Fundamental);
b)      A área do conhecimento (LDB 9394/96 – art. 26, Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental);
c)      Os objetivos a serem alcançados por meio do processo de ensino (LDB 9394/96, Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, novas DCN para o Ensino Fundamental);
d)      Os conteúdos a serem ensinados e aprendidos (LDB 9394/96, Parecer CNE/CEB nº 4/2008, Ensino Fundamental de Nove Anos: orientações pedagógicas para a inclusão das crianças de seis anos de idade);
e)      As orientações metodológicas são as experiências de aprendizagem escolares a serem vividas pelos alunos, (Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, novas DCN para o Ensino Fundamental);
f)       Os processos de avaliação observando o art. 24, inciso V, alínea “a” da Lei 9.394/96 que afirma que avaliação deve ser contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. Reforçado pelos os princípios essenciais  elaborados pelo Conselho Nacional de Educação (PARECER CNE/CEB Nº 4/2008): que afirma que a avaliação deve ser processual, participativa, formativa, cumulativa e diagnóstica e, portanto, redimensionadora da ação pedagógica.

4.            PLANOS DE ENSINO – APRENDIZAGEM


4.1  Objetivos e conteúdos por série e  disciplina


     4.2 Metodologia


A fim de consolidarmos uma metodologia eficaz na conquista da educação ética e cidadã, procuramos oportunizar procedimentos que estimulem nos alunos o prazer pela leitura e a capacidade de usar a escrita tanto para desenvolver-se com eficiência, despertando o senso de pesquisa, bem como levá-los a conquistar um processo que, quando necessário será resgatado e utilizado com lógica, consciência, construindo, assim, sua autonomia e autoria de pensamento. Visamos também proporcionar, na relação interpessoal, atitudes que privilegiem a liberdade de expressão, formando cidadãos críticos, íntegros, fraternos e responsáveis pela transformação de um mundo melhor e mais justo. Uma forma rica de aprendizagem é a troca de vivências e experiências com o grupo no qual estamos inseridos. Portanto, no processo ensino-aprendizagem, prioriza-se o trabalho em grupo, que é o momento importante onde o aluno tem a oportunidade de trabalhar a convivência grupal, favorecendo a cooperação, o respeito, aprendendo assim a conviver com as diferenças, que é a arte de lidar com suas emoções. Logo, acreditamos no valor do trabalho coletivo, em grandes ou pequenos grupos. Segundo Vygotsky (1989), todas as funções do desenvolvimento do indivíduo aparecem duas vezes: primeiro no nível social e, depois, no nível individual; primeiro entre pessoas (Interpsicológico) e, posteriormente, no interior do sujeito (intrapsicológico). Isto significa que o trabalho em grupo oportuniza maiores condições de aprendizagem. A infância é o momento singular para trabalharmos todos esses aspectos pertinentes à convivência grupal, tão necessária para a vida, onde a criança começa a atingir autocontrole, procurando conter suas aflições, seus impulsos e excitações. Temos uma escuta atenta aos diferentes modos de aprender, dos diferentes saberes dos alunos, permitindo ao educador criar intervenções pedagógicas que garantam avanços qualitativos na apropriação dos conhecimentos, em vivências do aprender a aprender. Desta forma, a alfabetização se desenvolve nas relações, possibilitando à criança se apropriar da leitura e da escrita, tornando-se criadora, recriadora e crítica. O aluno deve ser o agente durante todo o processo.
As intervenções pedagógicas acontecem com a intenção de mobilizar o grupo para as interações, pois a elaboração e a apropriação do conhecimento emergem da pluralidade, como processo coletivo de sentidos e significados que vão sendo produzidos, questionados, redimensionados e/ou recusados no curso das interlocuções da sala de aula. As intervenções pedagógicas aqui sistematizadas pelo educador irão constituindo-se e produzindo os conhecimentos a respeito da escrita e leitura bem como sua função social. Para ser a leitura e a escrita organizadas arbitrariamente pela sociedade, vemos a necessidade da mediação direta daqueles que já se apropriaram desta forma de linguagem. Oferecemos à criança a oportunidade de discutir e compreender a utilidade da linguagem escrita dentro dos diferentes contextos sociais. É necessário compreender que, no processo de alfabetização, o convívio com a linguagem escrita deve ser uma atividade real e significativa, na qual as crianças interagem com diferentes conhecimentos, com o professor, sua intencionalidade e a linguagem escrita em suas diferentes manifestações. Logo, criamos no espaço educativo, uma vivência intensa de uso da linguagem escrita, bem como das diferentes linguagens, entre elas: a oral, o jogo, a “dramatização”, o desenho, considerando-se que estas são essenciais para a formação das estruturas necessárias à compreensão da linguagem escrita. Vemos a escola como um espaço onde juntos podemos partilhar e construir conhecimentos, tendo como base a solidariedade, a justiça e todos os valores que possibilitarão a formação de sujeitos participantes e críticos do processo de transformação da sociedade.
Os princípios piagetianos e vygotskyanos pressupõem uma pedagogia ativa e cooperativa em sala de aula, centrada no indivíduo, onde o conhecimento se dá através de sua interação com meio, pressupostos estes dos quais compartilhamos.
Assim sendo, acreditamos em uma metodologia onde o papel do aluno seja participar da construção do seu conhecimento e do conhecimento do outro, desenvolvendo habilidades e adquirindo competências. Esta concepção é elaborada pelo próprio trabalho do aluno e pela vivência em grupo, de maneira que os conhecimentos sejam mobilizados para a resolução de problemas. 
O    processo     de    aprendizagem    deve  ser  orientado  não  só   para o intelecto (valorizando o conhecimento), mas, atingir, também o emocional, os sentimentos, aplicando uma metodologia baseada em experiências pessoais, vivência de  valores, trabalhos de grupo, estimulando à criatividade.
 No tocante à disciplina: o conceito de bom aluno passivo deve dar lugar ao bom aluno ativo, solidário, participativo, enfatizando a responsabilidade.   O professor deve trabalhar com os alunos e não para os alunos, deve levar    os alunos a serem autores, justificando o que é ensinado, para que os alunos saibam o que e o porquê estão estudando,  canalizando as energias dos alunos para um melhor aproveitamento. 





4.2.1 Metodologia de Aula de Campo



A Escola adota a metodologia de aula de campo com o objetivo de ofertar aos alunos, a oportunidade de vislumbrar alguns “universos desconhecidos”. Além de proporcionar prazer na aquisição de novos conhecimentos, a atividade tem o poder de trazer à escola um caráter mais livre de concepções tradicionalistas, fazendo com que a criança tenha, no espaço escolar, o contato com atividades do cotidiano familiar e, consequentemente, sinta-se mais à vontade. É importante enfatizar que cada passeio tem seus objetivos pré-determinados, traçados pelo grupo, que são elaborados coletivamente. As finalidades buscam:

a) Fazer o aluno conhecer outras realidades, localidades e outras formas de estruturas organizacionais.

b) Realizar intercâmbio cultural.
c) Ampliar o universo de conhecimento social e lingüístico-expressivo.
d) Desenvolver a autoconfiança e a responsabilidade com os objetos pessoais.
e) Desenvolver o respeito às mais variadas formas de culturas.
f) Conhecer o processo de produção de bens de consumo.
g) Assistir a peças teatrais e desenvolver o senso crítico-artístico.
h) Perceber as diferenciações de localidades, clima, vegetação e arquitetura.
i) Conhecer de perto a história e a cultura existentes nos acervos de museus e bibliotecas.
j) Ter contato direto com funcionários e regras dos órgãos responsáveis pela lei e a ordem das estruturas sociais (como trânsito entre outras...).
k) Trazer à tona a sociabilidade em suas diferentes formas de expressão.
l) Construção de livro de relatórios dos passeios culturais.


4.2.2  Metodologia Transversal e interdisciplinar




O plano curricular adota uma metodologia transversal ao inclui no seu currículo o conjunto de Temas Transversais propostos pelos PCNs (1997) – Ética, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Saúde, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo; e uma metodologia interdisciplinar, pois o tratamento das questões trazidas pelos Temas Transversais expõe as inter-relações entre os objetos de conhecimento, de forma que não é possível fazer um trabalho pautado na transversalidade tomando-se uma perspectiva disciplinar rígida.  
A “transversalidade e interdisciplinaridade” se fundamentam na crítica de uma concepção de conhecimento que toma a realidade como um conjunto de dados estáveis, sujeitos a um ato de conhecer isento e distanciado. Ambas apontam a complexidade do real e a necessidade de se considerar a teia de relações entre os seus diferentes e contraditórios aspectos. Mas diferem uma da outra, uma vez que a interdisciplinaridade refere-se a uma abordagem epistemológica dos objetos de conhecimento, enquanto a transversalidade diz respeito principalmente à dimensão da didática. 
A interdisciplinaridade questiona a segmentação entre os diferentes campos de conhecimento produzido por uma abordagem que não leva em conta a inter-relação e a influência entre eles – questiona a visão compartimentada (disciplinar) da realidade sobre a qual a escola, tal como é conhecida, historicamente se constituiu. 
A transversalidade diz respeito à possibilidade de se estabelecer, na prática educativa, uma relação entre aprender conhecimentos teoricamente sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real de sua transformação (aprender na realidade e da realidade); e a uma forma de sistematizar esse trabalho e incluí-lo explícita e estruturalmente na organização curricular, garantindo sua continuidade e aprofundamento ao longo da escolaridade. Por essa mesma via, a transversalidade abre espaço para a inclusão de saberes extra-escolares, possibilitando a referência a sistemas de significado construído na realidade dos alunos.
A educação para a cidadania requer que questões sociais sejam apresentadas para aprendizagem e reflexão dos alunos, buscando um tratamento didático que contemple sua complexidade e sua dinâmica, dando-lhes a mesma importância das áreas convencionais.
Com isso, o currículo ganha em flexibilidade e abertura, uma vez que os temas podem ser priorizados e contextualizados de acordo com as diferentes realidades e necessidades e novos temas sempre podem ser incluídos.
 Esse trabalho requer uma reflexão ética como eixo norteador, por envolver posicionamentos e concepções a respeito de suas causas e efeitos, de sua dimensão histórica e política. A ética é um dos temas mais trabalhados do pensamento filosófico contemporâneo, mas é também um tema que escapa aos debates acadêmicos, que invade o cotidiano de cada um, que faz parte do vocabulário conhecido por quase todos.
A reflexão ética traz à luz a discussão sobre a liberdade de escolha. A ética interroga sobre a legitimidade de práticas e valores consagrados pela tradição e pelo costume. Abrange tanto a crítica das relações entre os grupos, dos grupos nas instituições e, ante elas, quanto à dimensão das ações pessoais. Trata-se, portanto, de discutir o sentido ético da convivência humana nas suas relações com várias dimensões da vida social.



4.2.3 Metodologia de trabalho com Projetos



          A Escola adota a Metodologia de trabalho com projetos visando alcançar um processo mais abrangente, plural e que atenda as diversidades de cultura, comportamento, e características próprias de cada aluno de uma sala de aula ou de uma classe, seguindo as teorias de Piaget e Vigotsky  que defenderam a aprendizagem baseada na interação com o ambiente, os objetos do cotidiano, a cultura socio-histórica e principalmente com outros indivíduos.        
            A metodologia do trabalho com Projetos valorizar a participação do educando e do educador no processo ensino-aprendizagem, tornando-os responsáveis pela elaboração e desenvolvimento de cada Projeto de Trabalho, permitindo  uma reflexão sobre a realidade social, orientando os Projetos de Trabalho para uma reflexão sobre as condições de vida da comunidade que o grupo faz parte, analisando-as em relação a um contexto sócio-político maior e elaborando propostas de intervenção que visem a transformação social (Freire, 1997).
              A educação através de Projetos permite uma aprendizagem por meio da participação ativa dos educandos, vivenciando as situações-problema, refletindo sobre elas e tomando atitudes diante dos fatos. Ao educador compete resgatar as experiências do educando, auxiliá-lo na identificação de problemas, nas reflexões sobre eles e na concretização dessas reflexões em ações.
                A aprendizagem passa então a ser vista como um processo complexo e global, onde teoria e prática não estão dissociados, onde o conhecimento da realidade e a intervenção nela tornam-se faces de uma mesma moeda. A aprendizagem é desencadeada a partir de um problema que surge e que conduz à investigação, à busca de informações, à construção de novos conceitos, à seleção de procedimentos adequados.



4.3 Avaliação da Aprendizagem

            Para finalizar este processo, no qual traçamos metas a fim de conhecermos e compreendermos a realidade de diferentes áreas do conhecimento, utilizando uma maneira específica de trabalho, é necessário analisar os resultados produzidos por aqueles que fizeram parte desta trajetória. Neste sentido, é necessário definirmos nossa concepção de avaliação.
A avaliação é necessária no Ensino Fundamental pois é através dela que podemos diagnosticar pontos importantes e fazer coleta de informações sobre os processos educativos de  cada criança. O sistema de avaliação do Plano Curricular da escola está baseada nas Leis vigentes.
            A avaliação do desempenho do aluno abrange seu desenvolvimento global nas áreas cognitiva, afetiva, social e psicomotora e privilegia os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Avaliação qualitativa significa o direito à oportunidade que transcende sempre o mero desempenho quantitativo, alojando-se em cheio no espaço da cidadania competente. O aluno deve poder aprender bem a reconstruir conhecimento, em termos formais, como deve sobretudo aprender a tornar-se cidadão crítico e participativo.
A função da avaliação é orientar o professor sobre as capacidades e competências na compreensão dos saberes escolares. Os resultados destas avaliações devem possibilitar ao professor rever estratégias que vem utilizando, constatar a necessidade de retomar determinadas atividades e estar sempre em busca de conhecer um pouco mais sobre o pensamento de seus alunos.
O principal objetivo de avaliar é justamente ampliar nosso entendimento sobre os alunos, nossa prática e nosso grupo. Assim teremos recursos para subsidiar o trabalho realizado.
A avaliação na escola será de forma criterial/processual (formativa), na qual o professor estabelece critérios a serem conhecidos pelos alunos e relacionados à intencionalidade de seu planejamento. Posteriormente, negocia regras de avaliação com o grupo, que servirão de referencia para a orientação da aprendizagem. Os critérios estabelecidos em grupo facilitam a mediação e a transparência no processo.
Os educandos devidamente matriculados, do 1º ao 3º anos do Ensino Fundamental, terão os resultados da avaliação registrados em relatórios no diário SIGEDUC, que deverão ser feitos levando em conta as observações realizadas durante o semestre, do quanto o aluno se desenvolveu, o quanto ele apreendeu, o quanto o conhecimento passado ajudou a criança a superar dificuldades, o quanto estimulou suas descobertas.
Os educandos devidamente matriculados, do 4º ao 5º anos do Ensino Fundamental, terão os resultados da avaliação registrados em formas de notas no diário SIGEDUC em escala de 0 a 10. A média para aprovação do estudante será igual ou superior a 6,0, resultante da média aritmética, de acordo com a fórmula seguinte:
                                MA = 1ºB + 2ºB + 3ºB + 4ºB         
                                                     4                                                
 O estudante cuja média aritmética anual seja igual ou superior a 2,5 e inferior a 6,0 será submetido a Exame Final.  O estudante submetido ao Exame Final será aprovado se obtiver a Média Final de Promoção – MFP igual ou superior a 5,0, resultante de uma média ponderada, onde será atribuído peso 2 à Média Anual e peso 1 à nota do Exame Final, de acordo com a fórmula seguinte:
                   MFP= (MA x 2) + (EF x 1)    
                                      3                                                      
Para que o educando obtenha aprovação e consequente promoção, é necessário que tenha frequentado, pelo menos, setenta e cinco por cento (75%) do total de dias letivos.


  5. REFERÊNCIAS


BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Diário Oficial da União, 1996.

BRASÍLIA Parâmetros Curriculares Nacionais. – Ensino Fundamental. Volumes 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC – SEF, 1998.

BRASÍLIA. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Volume 1,2,3. Ministério da Educação do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Departamento de Política da Educação Fundamental. Coordenação Geral de Educação Infantil. 1998.

CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. 13ª ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Gente, 2004.

COLL, César. Psicologia e Currículo: uma aproximação psicopedagógica à elaboração do currículo escolar. São Paulo: Ática, 1996.


DALMAS, A. Planejamento Participativo na escola: elaboração, acompanhamento e avaliação, Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.

HAIDT, R. C. C. Curso de Didática Geral. São Paulo: Ática, 2000.

LIBÂNIO, J. C. Organização e Gestão da Escola – Teoria e Prática. Goiânia: Alternativa, 2001.

___ Adeus professor, adeus professora? : novas exigências educacionais e profissão docente, 6ª ed. São Paulo: Cortez, 2002.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escola: estudos e proposições. 12ª ed. São Paulo: Cortez, 2002.

MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento de equipes. Rio de Janeiro: José Olympio, 1996.

SENGE, Peter M. A quinta disciplina – arte , teoria e prática da aprendizagem. São Paulo: Editora Best Seller, 1990.

SANTOMÉ, Jurjo Torres.  Globalização e interdisciplinaridade. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 1998.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro (org.). Didática: O ensino e suas relações. 6ª ed. São Paulo: Papirus, 1996.




Elaborado pela Coordenadora Verônica Maria Oliveira de Souza, discutido e revisado  por toda Equipe Pedagógica da Escola  Estadual Professor Bevenuto Filho.
Ana Heloísa Silva de Oliveira- Diretora ______________________________________
Ilder Cristian de Lima Varela – Vice-diretor ___________________________________
Verônica Maria Oliveira de Souza – Coordenadora _____________________________
Adenilde Lima de Sá – Professora __________________________________________
Adriana Souza de Andrade – Professora______________________________________
Ana Lúcia Calixto dos Santos ______________________________________________
Anderson de Souza Silva- Professor _________________________________________
Elma Ferreira da Silva– Professora    ________________________________________
Hébia  Sanimaria Cunha– Professora ________________________________________
Josefa Barbosa- Professora – Professora _____________________________________
Sandra Maria Oliveira Silva– Professora _____________________________________
Wadna Carla Fortunato da Souza– Professora__________________________________