ESCOLA
ESTADUAL PROFESSOR BEVENUTO FILHO
PLANO
CURRICULAR
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO
2.
CONCEITO DE CURRÍCULO
2.1
Modelo de Escola
2.2
Conceito de Currículo
2.3
Conceito de Plano Curricular
3.
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
3.1
Base Curricular
3.2
Estrutura curricular
4. PLANOS
DE ENSINO-APRENDIZAGEM
4.1 Objetivos e conteúdos por série e disciplina
4.2 Metodologia
4.3 Avaliação
5. REFERÊNCIAS
1. APRESENTAÇÃO
Para
garantir a implementação do Projeto Político Pedagógico no processo principal –
que é o ensino e a aprendizagem – foi concebido pela Equipe Pedagógica o
Plano Curricular da Escola.
O Plano
Curricular adotado pela Escola obedece aos princípios e fundamentos definidos
nas Diretrizes Curriculares Nacionais e atendem aos valores expressos na Lei
9394/96 nos seus artigos 26, sendo composto de Base Nacional Comum e Parte
Diversificada.
A escola
optou pela construção de um Currículo por série e disciplinas, com espaço
de autonomia para o professor construir seu planejamento contemplando os
princípios da interdisciplinaridade e transversalidade adequados para cada faixa etária, buscando
um processo de continuidade de uma série para a outra, valorizando mais os
conteúdos considerados básicos para a promoção do aluno ao nível seguinte, e
os objetivos do Ensino Fundamental definidos pela Lei 93/94/96 e
complementados por aqueles expressos nos Parâmetros Curriculares Nacionais.
2. CONCEITO DE
CURRÍCULO
Ao definir o Plano Curricular, alguns
requisitos tornam-se indispensáveis para que todos possam se situar naquilo que
está sendo proposto. Em primeiro lugar, é necessário definir o modelo
de escola no que diz respeito à identidade da Instituição de Ensino.
Outro elemento importante é o próprio conceito de currículo, pois,
desconhecendo-o, será muito difícil que todos tenham a mesma linha de trabalho.
Após a definição de currículo, é preciso esclarecer o que se entende por Plano
Curricular. A clareza de conceito não garante o êxito do trabalho
educacional, mas certamente facilita, fazendo que todos os profissionais tenham
os mesmos objetivos e, assim, possam perseguir as mesmas metas na qualificação
do ensino, melhorando, sempre mais, os resultados da aprendizagem.
2.1 Modelo de escola
Adotamos o modelo da escola que
procura ser
um pólo irradiador
de cultura, baseada
em princípios de construção
de uma cidadania desencadeadora de
valores que operacionaliza através de projetos socializantes, promovendo
desafios para efetiva participação e engajamento de todos
envolvidos com o
processo de aprendizagem para
seu fim único,
a valorização pessoal e humana.
Para alçamos este modelo de
escola, implica priorizar:
- Vivência de valores permanentes;
- Acompanhamento do desenvolvimento científico e tecnológico;
- Trabalho com pedagogia de projetos;
- Ações práticas de princípios cidadãos participativos e éticos;
- Ações participativas e autônomas com criatividade e criticidade.
- Vivência de valores permanentes;
- Acompanhamento do desenvolvimento científico e tecnológico;
- Trabalho com pedagogia de projetos;
- Ações práticas de princípios cidadãos participativos e éticos;
- Ações participativas e autônomas com criatividade e criticidade.
2.2 Conceito de currículo
Tendo como parâmetro a abrangência do processo
formativo do aluno, define-se currículo a partir da conceituação de César Coll,
(1996) que afirma: “Os elementos que
organizam o currículo trazem informações sobre o que ensinar, quando ensinar,
como ensinar, o que, como e quando avaliar.”.
Assim sendo, fica explícito que existe diferença entre
o que se quer ensinar, ou seja, o Currículo
Oficial, que estabelece os conteúdos a serem ministrados, bem como a ordem
a ser seguida; e o que realmente se ensina – o Currículo Oculto, aquele que é composto por contradições entre
teoria e prática, ou seja, pelos valores e visão de mundo do professor. Estas
duas dimensões do currículo são vivenciadas pelos alunos, em sala de aula, de
forma conjunta. Estão intimamente unidas, dando, pois, origem ao que se
denomina de Currículo Real (LIBÂNIO,
2001).
A partir desta abordagem, pode-se concluir que o
currículo tem abrangência muito maior do que a listagem de conteúdos a serem
trabalhados pelo professor. Entendendo o currículo a partir da transcendência
do conteúdo programático, que inclui todas as vivências pedagógicas
oportunizadas pela Escola, acreditamos que a construção do conhecimento será o
resultado da ação dinâmica dos alunos, em relação ao conteúdo, com a liderança
e a coordenação do professor.
A definição do currículo da escola tem como base e
fundamento a concretização dos grandes objetivos propostos na Visão e na Missão
da Instituição de Ensino. A estrutura organizacional do currículo, na escola,
foi concebida para atender melhor os alunos, levando em conta a idade e a
vivência em grupos de forma sequenciada.
2.3
Conceito
de Plano Curricular
Por Plano
Curricular, entendem-se todas as oportunidades de aprendizagem oferecidas
pela escola e incorporadas nos diversos componentes curriculares. O processo
educacional desenvolvido na escola exige uma organização sistêmica do Plano
Curricular de forma a viabilizar o aprendizado nas mais diversas áreas do
conhecimento. O plano curricular incluem práticas pedagógicas a serem
desenvolvidas no ambiente escolar, contemplando a formação integral e
integradora do ser humano. Tanto os aspectos científicos como os filosóficos e psicológicos
fazem parte do plano curricular, portanto do currículo a ser desenvolvido.
3.
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
3.1. Base curricular do Ensino Fundamental
Objetivando
a formação do cidadão oferecemos o Ensino Fundamental do 1º a 5º ano, e adotamos um Currículo que
obedece aos princípios e fundamentos definidos nas Diretrizes Curriculares
Nacionais e atendem aos valores expressos na Lei 9394/96 nos seus artigos 26,
sendo composto de Base Nacional Comum e Parte Diversificada.
I - Base Nacional Comum
a)
Língua Portuguesa.
b)
Matemática.
c)
História
d)
Geografia.
e)
Ciências.
f)
Artes
g)
Educação Física.
h)
Educação Religiosa.
II – Base diversificada
A parte
diversificada do currículo aborda temas
locais e segue os referenciais - Temas Transversais - contidos nos PCNs -
Parâmetros Curriculares Nacionais e será utilizada para contextualizar, os
conteúdos das disciplinas da Base Nacional Comum.
a)
Ética e cidadania
b)
Diversidades culturais;
c)
Educação ambiental
d)
Saúde
e)
Orientação sexual;
f)
Trabalho e consume
g)
Temas locais.
3.2
Estrutura Curricular
A
organização estrutural do currículo exige que se leve em conta as melhores
condições para o aprendizado nos diversos níveis de ensino. No Ensino
Fundamental os currículos estão organizados por série, os currículos estão
organizados de tal maneira que atendam às exigências legais e possam conduzir o
aluno à satisfação de suas necessidades educacionais. O Currículo adotado pela
Escola obedece aos princípios e fundamentos definidos nas Diretrizes
Curriculares Nacionais e atendem aos valores expressos na Lei 9394/96 nos seus
artigos 26 e 27 e são desenvolvidos tendo em vista o que dispõe este Plano
Curricular.
O Plano
Curricular da escola contém a seguinte estrutura:
a) Nível
de ensino, Série ou ano de
acordo com LDB 9394/96, Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental, novas DCN para o Ensino Fundamental);
b) A área do conhecimento (LDB 9394/96 – art. 26, Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental);
c) Os objetivos a serem alcançados por meio do processo de ensino (LDB 9394/96,
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, novas DCN para o
Ensino Fundamental);
d) Os conteúdos a serem ensinados e aprendidos (LDB 9394/96, Parecer CNE/CEB nº 4/2008,
Ensino Fundamental de Nove Anos: orientações pedagógicas para a inclusão das
crianças de seis anos de idade);
e) As orientações metodológicas são as experiências de aprendizagem escolares
a serem vividas pelos alunos, (Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental, novas DCN para o Ensino Fundamental);
f) Os processos de avaliação observando o art. 24, inciso V, alínea “a” da
Lei 9.394/96 que afirma que avaliação deve ser contínua e cumulativa,
com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos
resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. Reforçado
pelos os princípios essenciais elaborados pelo Conselho Nacional
de Educação (PARECER CNE/CEB Nº 4/2008): que afirma que a avaliação deve ser
processual, participativa, formativa, cumulativa e diagnóstica e, portanto,
redimensionadora da ação pedagógica.
4.
PLANOS DE ENSINO –
APRENDIZAGEM
4.1 Objetivos
e conteúdos por série e disciplina
- 5º ano do Ensino Fundamental
- 4º ano do Ensino Fundamental
- 3º ano do Ensino Fundamental
- 2º ano do Ensino Fundamental
- 1º ano do Ensino Fundamental
4.2 Metodologia
A
fim de consolidarmos uma metodologia eficaz na conquista da educação
ética e cidadã, procuramos oportunizar procedimentos que estimulem nos alunos o
prazer pela leitura e a capacidade de usar a escrita tanto para desenvolver-se
com eficiência, despertando o senso de pesquisa, bem como levá-los a conquistar
um processo que, quando necessário será resgatado e utilizado com lógica,
consciência, construindo, assim, sua autonomia e autoria de pensamento. Visamos
também proporcionar, na relação interpessoal, atitudes que privilegiem a
liberdade de expressão, formando cidadãos críticos, íntegros, fraternos e
responsáveis pela transformação de um mundo melhor e mais justo. Uma forma rica
de aprendizagem é a troca de vivências e experiências com o grupo no qual estamos
inseridos. Portanto, no processo ensino-aprendizagem, prioriza-se o trabalho em
grupo, que é o momento importante onde o aluno tem a oportunidade de trabalhar
a convivência grupal, favorecendo a cooperação, o respeito, aprendendo assim a
conviver com as diferenças, que é a arte de lidar com suas emoções. Logo,
acreditamos no valor do trabalho coletivo, em grandes ou pequenos grupos.
Segundo Vygotsky (1989), todas as funções do desenvolvimento do indivíduo
aparecem duas vezes: primeiro no nível social e, depois, no nível individual;
primeiro entre pessoas (Interpsicológico) e, posteriormente, no interior do
sujeito (intrapsicológico). Isto significa que o trabalho em grupo oportuniza
maiores condições de aprendizagem. A infância é o momento singular para trabalharmos
todos esses aspectos pertinentes à convivência grupal, tão necessária para a
vida, onde a criança começa a atingir autocontrole, procurando conter suas
aflições, seus impulsos e excitações. Temos uma escuta atenta aos diferentes
modos de aprender, dos diferentes saberes dos alunos, permitindo ao educador
criar intervenções pedagógicas que garantam avanços qualitativos na apropriação
dos conhecimentos, em vivências do aprender a aprender. Desta forma, a
alfabetização se desenvolve nas relações, possibilitando à criança se apropriar
da leitura e da escrita, tornando-se criadora, recriadora e crítica. O aluno
deve ser o agente durante todo o processo.
As
intervenções pedagógicas acontecem com a intenção de mobilizar o grupo para as
interações, pois a elaboração e a apropriação do conhecimento emergem da
pluralidade, como processo coletivo de sentidos e significados que vão sendo
produzidos, questionados, redimensionados e/ou recusados no curso das
interlocuções da sala de aula. As intervenções pedagógicas aqui sistematizadas
pelo educador irão constituindo-se e produzindo os conhecimentos a respeito da
escrita e leitura bem como sua função social. Para ser a leitura e a escrita
organizadas arbitrariamente pela sociedade, vemos a necessidade da mediação
direta daqueles que já se apropriaram desta forma de linguagem. Oferecemos à
criança a oportunidade de discutir e compreender a utilidade da linguagem
escrita dentro dos diferentes contextos sociais. É necessário compreender que,
no processo de alfabetização, o convívio com a linguagem escrita deve ser uma
atividade real e significativa, na qual as crianças interagem com diferentes
conhecimentos, com o professor, sua intencionalidade e a linguagem escrita em
suas diferentes manifestações. Logo, criamos no espaço educativo, uma vivência
intensa de uso da linguagem escrita, bem como das diferentes linguagens, entre
elas: a oral, o jogo, a “dramatização”, o desenho, considerando-se que estas
são essenciais para a formação das estruturas necessárias à compreensão da
linguagem escrita. Vemos a escola como um espaço onde juntos podemos partilhar
e construir conhecimentos, tendo como base a solidariedade, a justiça e todos
os valores que possibilitarão a formação de sujeitos participantes e críticos
do processo de transformação da sociedade.
Os princípios
piagetianos e vygotskyanos pressupõem uma pedagogia ativa e cooperativa em sala
de aula, centrada no indivíduo, onde o conhecimento se dá através de sua
interação com meio, pressupostos estes dos quais compartilhamos.
Assim sendo,
acreditamos em uma metodologia onde o papel do aluno seja participar da
construção do seu conhecimento e do conhecimento do outro, desenvolvendo
habilidades e adquirindo competências. Esta concepção é elaborada pelo próprio
trabalho do aluno e pela vivência em grupo, de maneira que os conhecimentos
sejam mobilizados para a resolução de problemas.
O
processo de aprendizagem
deve ser orientado não só para o intelecto
(valorizando o conhecimento), mas, atingir, também o emocional, os sentimentos,
aplicando uma metodologia baseada em experiências pessoais, vivência de
valores, trabalhos de grupo, estimulando à criatividade.
No tocante
à disciplina: o conceito de bom aluno passivo deve dar lugar ao bom aluno
ativo, solidário, participativo, enfatizando a responsabilidade. O
professor deve trabalhar com os alunos e não para os alunos, deve levar
os alunos a serem autores, justificando o que é ensinado, para que os alunos
saibam o que e o porquê estão estudando, canalizando as energias dos
alunos para um melhor aproveitamento.
4.2.1 Metodologia de Aula de Campo
A Escola adota a metodologia de aula de campo com o objetivo de ofertar aos alunos, a
oportunidade de vislumbrar alguns “universos desconhecidos”. Além de
proporcionar prazer na aquisição de novos conhecimentos, a atividade tem o
poder de trazer à escola um caráter mais livre de concepções tradicionalistas,
fazendo com que a criança tenha, no espaço escolar, o contato com atividades do
cotidiano familiar e, consequentemente, sinta-se mais à vontade. É importante
enfatizar que cada passeio tem seus objetivos pré-determinados, traçados pelo
grupo, que são elaborados coletivamente. As finalidades buscam:
a)
Fazer o aluno conhecer outras realidades, localidades e outras formas de
estruturas organizacionais.
b)
Realizar intercâmbio cultural.
c)
Ampliar o universo de conhecimento social e lingüístico-expressivo.
d)
Desenvolver a autoconfiança e a responsabilidade com os objetos pessoais.
e)
Desenvolver o respeito às mais variadas formas de culturas.
f)
Conhecer o processo de produção de bens de consumo.
g)
Assistir a peças teatrais e desenvolver o senso crítico-artístico.
h)
Perceber as diferenciações de localidades, clima, vegetação e arquitetura.
i)
Conhecer de perto a história e a cultura existentes nos acervos de museus e
bibliotecas.
j)
Ter contato direto com funcionários e regras dos órgãos responsáveis pela lei e
a ordem das estruturas sociais (como trânsito entre outras...).
k)
Trazer à tona a sociabilidade em suas diferentes formas de expressão.
l)
Construção de livro de relatórios dos passeios culturais.
4.2.2 Metodologia Transversal e interdisciplinar
O
plano curricular adota uma metodologia transversal ao inclui no seu currículo o
conjunto de Temas Transversais propostos pelos PCNs (1997) – Ética, Meio
Ambiente, Pluralidade Cultural, Saúde, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo; e
uma metodologia interdisciplinar, pois o tratamento das questões trazidas pelos
Temas Transversais expõe as inter-relações entre os objetos de conhecimento, de
forma que não é possível fazer um trabalho pautado na transversalidade
tomando-se uma perspectiva disciplinar rígida.
A
“transversalidade e interdisciplinaridade” se fundamentam na crítica de uma
concepção de conhecimento que toma a realidade como um conjunto de dados
estáveis, sujeitos a um ato de conhecer isento e distanciado. Ambas apontam a
complexidade do real e a necessidade de se considerar a teia de relações entre
os seus diferentes e contraditórios aspectos. Mas diferem uma da outra, uma vez
que a interdisciplinaridade refere-se a uma abordagem epistemológica dos
objetos de conhecimento, enquanto a transversalidade diz respeito
principalmente à dimensão da didática.
A
interdisciplinaridade questiona a segmentação entre os diferentes campos de
conhecimento produzido por uma abordagem que não leva em conta a inter-relação
e a influência entre eles – questiona a visão compartimentada (disciplinar) da
realidade sobre a qual a escola, tal como é conhecida, historicamente se
constituiu.
A
transversalidade diz respeito à possibilidade de se estabelecer, na prática
educativa, uma relação entre aprender conhecimentos teoricamente sistematizados
(aprender sobre a realidade) e as questões da vida real de sua transformação
(aprender na realidade e da realidade); e a uma forma de sistematizar esse
trabalho e incluí-lo explícita e estruturalmente na organização curricular,
garantindo sua continuidade e aprofundamento ao longo da escolaridade. Por essa
mesma via, a transversalidade abre espaço para a inclusão de saberes extra-escolares,
possibilitando a referência a sistemas de significado construído na realidade
dos alunos.
A
educação para a cidadania requer que questões sociais sejam apresentadas para
aprendizagem e reflexão dos alunos, buscando um tratamento didático que
contemple sua complexidade e sua dinâmica, dando-lhes a mesma importância das
áreas convencionais.
Com
isso, o currículo ganha em flexibilidade e abertura, uma vez que os temas podem
ser priorizados e contextualizados de acordo com as diferentes realidades e
necessidades e novos temas sempre podem ser incluídos.
Esse
trabalho requer uma reflexão ética como eixo norteador, por envolver
posicionamentos e concepções a respeito de suas causas e efeitos, de sua
dimensão histórica e política. A ética é um dos temas mais trabalhados do
pensamento filosófico contemporâneo, mas é também um tema que escapa aos
debates acadêmicos, que invade o cotidiano de cada um, que faz parte do
vocabulário conhecido por quase todos.
A
reflexão ética traz à luz a discussão sobre a liberdade de escolha. A ética
interroga sobre a legitimidade de práticas e valores consagrados pela tradição
e pelo costume. Abrange tanto a crítica das relações entre os grupos, dos
grupos nas instituições e, ante elas, quanto à dimensão das ações pessoais.
Trata-se, portanto, de discutir o sentido ético da convivência humana nas suas
relações com várias dimensões da vida social.
4.2.3 Metodologia de trabalho com Projetos
A Escola
adota a Metodologia de trabalho com projetos visando alcançar um processo mais
abrangente, plural e que atenda as diversidades de cultura, comportamento, e
características próprias de cada aluno de uma sala de aula ou de uma classe, seguindo
as teorias de Piaget e Vigotsky que defenderam a aprendizagem
baseada na interação com o ambiente, os objetos do cotidiano, a cultura
socio-histórica e principalmente com outros indivíduos.
A metodologia do trabalho
com Projetos valorizar a participação do educando e do educador no processo
ensino-aprendizagem, tornando-os responsáveis pela elaboração e desenvolvimento
de cada Projeto de Trabalho, permitindo uma reflexão sobre a realidade social, orientando os
Projetos de Trabalho para uma reflexão sobre as condições de vida da comunidade
que o grupo faz parte, analisando-as em relação a um contexto sócio-político
maior e elaborando propostas de intervenção que visem a transformação social
(Freire, 1997).
A educação através de Projetos
permite uma aprendizagem por meio da participação ativa dos educandos,
vivenciando as situações-problema, refletindo sobre elas e tomando atitudes
diante dos fatos. Ao educador compete resgatar as experiências do educando,
auxiliá-lo na identificação de problemas, nas reflexões sobre eles e na concretização
dessas reflexões em ações.
A aprendizagem passa então a
ser vista como um processo complexo e global, onde teoria e prática não estão
dissociados, onde o conhecimento da realidade e a intervenção nela tornam-se
faces de uma mesma moeda. A aprendizagem é desencadeada a partir de um problema
que surge e que conduz à investigação, à busca de informações, à construção de
novos conceitos, à seleção de procedimentos adequados.
4.3
Avaliação da Aprendizagem
Para finalizar este processo, no qual traçamos metas a fim de conhecermos e
compreendermos a realidade de diferentes áreas do conhecimento, utilizando uma maneira
específica de trabalho, é necessário analisar os resultados produzidos por
aqueles que fizeram parte desta trajetória. Neste sentido, é necessário
definirmos nossa concepção de avaliação.
A
avaliação é necessária no Ensino Fundamental pois é através dela que podemos
diagnosticar pontos importantes e fazer coleta de informações sobre os
processos educativos de cada criança. O sistema de avaliação do Plano
Curricular da escola está baseada nas Leis vigentes.
A avaliação do desempenho
do aluno abrange seu desenvolvimento global nas áreas cognitiva, afetiva,
social e psicomotora e privilegia os aspectos qualitativos sobre os
quantitativos. Avaliação qualitativa significa o
direito à oportunidade que transcende sempre o mero desempenho quantitativo, alojando-se
em cheio no espaço da cidadania competente. O aluno deve poder aprender bem a
reconstruir conhecimento, em termos formais, como deve sobretudo aprender a
tornar-se cidadão crítico e participativo.
A
função da avaliação é orientar o professor sobre as capacidades e competências
na compreensão dos saberes escolares. Os resultados destas avaliações devem
possibilitar ao professor rever estratégias que vem utilizando, constatar a
necessidade de retomar determinadas atividades e estar sempre em busca de
conhecer um pouco mais sobre o pensamento de seus alunos.
O
principal objetivo de avaliar é justamente ampliar nosso entendimento sobre os
alunos, nossa prática e nosso grupo. Assim teremos recursos para subsidiar o
trabalho realizado.
A
avaliação na escola será de forma criterial/processual (formativa), na qual o
professor estabelece critérios a serem conhecidos pelos alunos e relacionados à
intencionalidade de seu planejamento. Posteriormente, negocia regras de
avaliação com o grupo, que servirão de referencia para a orientação da
aprendizagem. Os critérios estabelecidos em grupo facilitam a mediação e a
transparência no processo.
Os
educandos devidamente matriculados, do 1º ao 3º anos do Ensino Fundamental,
terão os resultados da avaliação registrados em relatórios no diário SIGEDUC,
que deverão ser feitos levando em conta as observações realizadas durante o
semestre, do quanto o aluno se desenvolveu, o quanto ele apreendeu, o quanto o
conhecimento passado ajudou a criança a superar dificuldades, o quanto
estimulou suas descobertas.
Os
educandos devidamente matriculados, do 4º ao 5º anos do Ensino Fundamental,
terão os resultados da avaliação registrados em formas de notas no diário
SIGEDUC em escala de 0 a 10. A média para aprovação do estudante será igual ou
superior a 6,0, resultante da média aritmética, de acordo com a fórmula
seguinte:
MA
= 1ºB + 2ºB + 3ºB + 4ºB
4
O
estudante cuja média aritmética anual seja igual ou superior a 2,5 e inferior a
6,0 será submetido a Exame Final. O estudante submetido ao Exame Final
será aprovado se obtiver a Média Final de Promoção – MFP igual ou superior a
5,0, resultante de uma média ponderada, onde será atribuído peso 2 à Média
Anual e peso 1 à nota do Exame Final, de acordo com a fórmula seguinte:
MFP= (MA
x 2) + (EF x 1)
3
Para que o educando
obtenha aprovação e consequente promoção, é necessário que tenha frequentado,
pelo menos, setenta e cinco por cento (75%) do total de dias letivos.
5.
REFERÊNCIAS
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Nacional (LDB) Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Diário
Oficial da União, 1996.
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Ensino Fundamental. Volumes 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10. Secretaria de Educação
Fundamental. Brasília: MEC – SEF, 1998.
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Secretaria da Educação Fundamental. Departamento de Política da Educação
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CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no
afeto. 13ª ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Gente, 2004.
COLL,
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HAIDT, R. C. C. Curso de Didática Geral. São Paulo:
Ática, 2000.
LIBÂNIO, J. C. Organização e Gestão da Escola –
Teoria e Prática. Goiânia: Alternativa, 2001.
___ Adeus professor, adeus professora? : novas
exigências educacionais e profissão docente, 6ª ed. São Paulo: Cortez,
2002.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem
escola: estudos e proposições. 12ª ed. São Paulo: Cortez, 2002.
MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento de equipes. Rio de
Janeiro: José Olympio, 1996.
SENGE, Peter M. A quinta disciplina – arte , teoria
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SANTOMÉ, Jurjo Torres. Globalização e
interdisciplinaridade. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 1998.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro (org.). Didática: O
ensino e suas relações. 6ª ed. São Paulo: Papirus, 1996.
Elaborado pela Coordenadora Verônica Maria Oliveira de Souza, discutido e revisado por
toda Equipe Pedagógica da Escola Estadual
Professor Bevenuto Filho.
Ana Heloísa Silva de Oliveira- Diretora
______________________________________
Ilder Cristian de Lima Varela – Vice-diretor
___________________________________
Verônica Maria Oliveira de Souza – Coordenadora
_____________________________
Adenilde Lima de Sá – Professora
__________________________________________
Adriana Souza de Andrade –
Professora______________________________________
Ana Lúcia Calixto dos Santos
______________________________________________
Anderson de Souza Silva- Professor
_________________________________________
Elma Ferreira da Silva– Professora ________________________________________
Hébia Sanimaria
Cunha– Professora ________________________________________
Josefa Barbosa- Professora – Professora
_____________________________________
Sandra Maria Oliveira Silva– Professora _____________________________________
Wadna Carla Fortunato da Souza– Professora__________________________________