1 APRESENTAÇÃO
Tão importante quanto viver em um lugar, é ter um conhecimento à cerca deste local em que se vive. Tomando esta ideia por base, elaboramos o presente Projeto que será executado na Escola Estadual Professor Bevenuto Filho com alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental.
O projeto
visa trabalhar, através de metodologia criativa, a história do município de São
Gonçalo do Amarante, desde a origem do povoado até os dias atuais. Nosso
objetivo é que o aluno conheça melhor o município em que vive.
2
JUSTIFICATIVA
É de suma
importância que os alunos conheçam os aspectos gerais sobre o lugar onde vivem
para assim valorizarem sua terra.
Através
de um trabalho direcionado, procurar levar os alunos a descobrirem o seu município,
suas particularidades, sua cultura, seu relevo, sua hidrografia, enfim o que existe em seu
município e que muitas vezes passam despercebidas.
Procurar
através de metodologia criativa fazer com que o aluno perceba e entenda os
problemas existentes no seu município, compreendendo que estes problemas são os
mesmos de muitos municípios desse porte e cabe a ele participar desde já nas
soluções dos mesmos, além de mostrar que a sua participação é importante para
construir um município melhor.
3
OBJETIVOS
- Conhecer e valorizar o município como lugar onde vivemos;
- Reconhecer que o hoje é fruto da sua história;
- Expressar de diferentes formas os conhecimentos construídos;
- Envolver os alunos em um
trabalho pedagógico que faça uso das novas tecnologias da informação e
comunicação enquanto ferramentas de construção do conhecimento;
- Desenvolver estratégias que sensibilize o
aluno para a importância da leitura e escrita no cotidiano;
- Fomentar a prática da leitura fora da
sala de aula, pelo uso de diferentes meios como jornais, revistas e
títulos e autores;
- Desenvolver habilidades de
ler diferentes gêneros textuais.
·
4. CONTEÚDOS:
Artes Visuais:
Conceituais
|
Procedimentais
|
Atitudinais
|
Ampliação
de conhecimentos das diferentes formas de expressão artística e de diversas
obras ligadas a cultura do município.
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Exploração
e utilização de alguns procedimentos artísticos necessários para desenhar,
pintar, colar, modelar e construir, identificando seu uso nas produções.
Construção
de produções plásticas e gráficas apresentadas, bem como, as
produzidas.
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Apreciação
das suas produções e dos outros por meio da observação e da leitura de
elementos da linguagem artística.
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Arte Musical:
Conceituais
|
Procedimentais
|
Atitudinais
|
Reconhecimento
e utilização expressiva, em contextos musicais do município.
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Participação
de jogos, brincadeiras e atividades que envolvam os ritmos musicais e a
improvisação musical.
Exploração
de sons.
Interpretação
de músicas e criação de canções diversas (parodias...).
|
Valorização
dos diferentes ritmos musicais.
Reflexão
sobre a música como produto cultural do ser humano.
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Educação Física/ Coreografia/Dança:
Conceituais
|
Procedimentais
|
Atitudinais
|
Ampliação
de possibilidades expressivas do próprio movimento como gestos e ritmos,
utilizando expressões encontradas nas danças típicas do município.
|
Vivência
de situações cotidianas em que a criança explore gestos e ritmos corporais em
suas brincadeiras, danças e situações de interação,
Participação
em ensaios da coreografia das danças típicas do município que representar a
região estudada.
|
Valorização
das conquistas corporais, pessoais e no coletivo.
|
Língua Portuguesa:
Conceituais
|
Procedimentais
|
Atitudinais
|
Reconhecimento
e utilização da Linguagem oral e escrita nos diversos contextos, estudo de
obras literárias de escritores do município.
|
Participação
de jogos, brincadeiras e atividades que envolvam produção e leitura de
textos.
Exploração
da linguagem oral e escrita.
Interpretação
e Produção de textos de diversos gêneros.
|
Valorização
dos diferentes tipos de texto.
Reflexão
sobre a escrita como produto cultural do ser humano.
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História:
Conceituais
|
Procedimentais
|
Atitudinais
|
Reconhecimento
das dimensões sociais, políticas e culturais como meio para construir a noção
de identidade de um povo e sua história.
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Participação
em jogos, brincadeiras e atividades que envolvam a História do município.
Participação
em Pesquisa histórica;
Interpretação
dos dados da pesquisa histórica;
Construção
de linha do tempo.
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Valorização
da História do município;
Reflexão
crítica sobre a História do município; reconhecendo a história como produto
cultural do ser humano.
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Geografia:
Conceituais
|
Procedimentais
|
Atitudinais
|
Reconhecimento
da espacialidade geográfica do município, fundamentando-se numa visão
histórica, social, política, cultural e econômica.
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Participação
em jogos, brincadeiras e atividades que envolvam a Geografia do município;
Participação
em Pesquisa Geográfica;
Leitura
e Interpretação dos dados de gráficos e mapas,
Produção
de gráficos mapas.
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Valorização
da História do município;
Reflexão
crítica sobre a espacialidade geográfica do município, fundamentando-se numa
visão histórica, social, política, cultural e econômica.
|
Religião:
Conceituais
|
Procedimentais
|
Atitudinais
|
Reconhecimento
da especificidade Religiosa do município, com base nos valores e
questões éticas.
|
Participação
em jogos, brincadeiras e atividades que envolvam a ética Religiosa; Participação
em Pesquisa;
Leitura
e Interpretação de textos tratem da ética Religiosa.
|
Valorização
da especificidade Religiosa; Reflexão crítica sobre a especificidade Religiosa,
fundamentando-se numa visão histórica, social, política, cultural e
econômica.
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Matemática:
Conceituais
|
Procedimentais
|
Atitudinais
|
Reconhecimento
das diferentes formas de representações dos números;
Ampliação
do tratamento da informação.
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Participação
em jogos, brincadeiras e atividades que envolvam os conceitos matemáticos;
Leitura
e interpretação de listas, tabelas e gráficos de dados sobre o município;
Participação
em coleta de dados e organização das informações em listas, tabelas e gráficos.
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Valorização
e utilização de estratégias para solução de problemas de formas satisfatória.
Revisão
das estratégias quando os resultados não satisfazem.
Utilização
dos conceitos matemáticos de forma coerente e lógica.
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Ciências:
Conceituais
|
Procedimentais
|
Atitudinais
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Reconhecimento
dos recursos naturais do município, e do seu aproveitamento e conservação, e
as transformações do ambiente.
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Participação
em jogos, brincadeiras e atividades que envolvam os conceitos da Ciência.
Leitura
e interpretação de listas e tabelas sobre dados científicos;
Participação
em entrevistas, em observação direta e indireta, em experimentação.
Elaboração de desenhos, quadros, esquemas, listas, pequenos textos, tabelas.
Produção de maquetes e cartazes.
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Valorização
e respeito as diferenças dos hábitos de alimentação; Desenvolvimento de
atitudes e comportamentos favoráveis à boa alimentação e saúde.
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5 METODOLOGIA
Levantamento de conhecimentos prévios através da roda de conversa formais e informais sobre o tema a ser
trabalhado, estabelecendo relações com os novos conteúdos.
Interação do grupo através de pesquisas, jogos,
brincadeira, ensaios de danças, produção de cartazes e atividades artísticas no
coletivo.
Rodas de Leituras e Apreciação momentos em que os alunos serão
levados a refletir sobre o tema em estudo, momento para apresentar e
apreciar obras de Artes, Música e dança bem como os artistas que retratam o
município.
Será feito leitura de
materiais variados como, jornais, revistas, gibis, sobre o tema estudado,
apresentação de vídeos de danças típicas, músicas e apreciação de obras de arte,
fazendo
uso de diferentes portadores textuais, para que os alunos possam dar
significado a aprendizagem.
O fazer artístico, os alunos irão vivenciar situações em que serão
orientados na produção de trabalhos artísticos, propiciando o
desenvolvimento de um percurso de criação pessoal.
Expressão corporal (Dança), através de ensaios de uma dança
típica do município para apresentação na culminância do projeto, serão
explorados junto aos educando a expressão corporal.
Apreciação musical, neste momento os alunos vão
escutar e interagir com obras musicais diferentes, voltados a cultura a
produção musical do município.
Produto Final: Seminários; Exposição dos trabalhos dos alunos, apresentação de
danças típicas do município em uma mostra cultural, recital de poesias de escritores São-gonçalense.
6
RECURSOS NECESSÁRIOS
Materiais
necessários para a realização do Projeto
· Para
a Pesquisa
Materiais escritos sobre o tema, livros, revistas, jornais, entre outros.
Materiais escritos sobre o tema, livros, revistas, jornais, entre outros.
· Para
a
apresentação
20 folhas de papel madeira
20 folhas de papel madeira
10 marcadores permanente de cores variadas
10 cartolinas brancas
08 rolos de fita adesiva
100 impressão
100 copias
6 mesas para as exposições
1 equipamento de som (caixa e microfone)
7 AVALIAÇÃO
Avaliação será processual: Será observado se o projeto está
atingindo plenamente os objetivos propostos. Através da auto avaliação de sua
prática pedagógica e do desempenho dos educandos, observando as produções dos
alunos e seu envolvimento nos temas propostos.
O processo de avaliação será contínuo, através de observações e
registros do professor que poderá documentar os progressos do desenvolvimento
dos alunos, das habilidades conquistadas interpretação, expressão, criticidade,
comunicação, criatividade, autonomia, respeito as regras sociais, etc. Estes,
são o norte para que estes sujeitos possam agir como (trans)formadores. Será avaliado a participação e o
interesse dos alunos, e o conhecimento na apresentação do seminário.
8 REFERÊNCIAS
ARAÙJO, Manoel Nazareno Nogueira. História de
São Gonçalo. Ed. Comemorativa (11/04/1933-1104/1983).
BRITO, Iaponira Peixoto de. Estudos Sociais do
Município de São Gonçalo do Amarante - RN. Vol. I. Natal Gráfica – RN.
2002.
CÂMARA JUNIOR, José Soares da. História do
Legislativo: São Gonçalo do Amarante, 1998.
CASCUDO, Luís da Câmara. História da Cidade do
Natal. Natal, IHG/RN 1999.
______. História do Rio Grande do Norte. 2
ed. Rio de Janeiro: Achiamê; Natal: Fundação José Augusto, 1984.
______ Nomes da terra: Geografia, História e
toponímia do Rio Grande do Norte. Natal Fundação José Augusto. 1968.
COSTA, Homero de Oliveira. A Insurreição
Comunista de 1935: Natal, o primeiro ato da trajetória. São Paulo: Ensaios;
Natal: Cooperativa Cultural Universitária do Rio Grande do Norte, 1995.
DANTAS, Meneval. Macaíba: Imagens, sonhos,
reminiscências. Rio de Janeiro: Presença Edições; Natal: Fundação José Augusto,
1985.
FACHIN, O. Fundamentos de Metodologia. São
Paulo: Atlas, 1993.
Falas e Relatórios dos Presidentes da Província do
RN - 1835 a 1859. Fundação Guimarães Duque. Coleção Mossoroense Série G, Nº 08,
abril 2001.
FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO, Centro de Pesquisa. São
Gonçalo do Amarante. Natal, Gráfica Manimbu, 1982.
LIMA, Auricéia Antunes de. Terras de Mártires. 2.
ed. Natal, RN: Ed. do autor, 2002.
LYRA, Augusto Tavares de. História do Rio Grande
do Norte. 2 ed. Fundação José Augusto. Brasília:1998.
MARIZ, Marlene da Silva e SUASSUNA, Luiz Eduardo
Brandão. História do Rio Grande do Norte. Natal(RN) Sebo Vermelho, 2005.
MEDEIROS FILHO, Olavo de. Terra Natalense. Natal,
Fundação José Augusto, 1991
______ . No rastro dos Flamengos. Natal,
Fundação José Augusto, 1989.
MEDEIROS, Tarcisio. Aspectos Geopolítico e
Antropológicos da história do Rio Grande do Norte. Natal/RN Imprensa
Universitária,1973.
MONTEIRO, Denise Mattos. Introdução à História
do Rio Grande do Norte. 2. ed. rev. Natal –RN: Cooperativa Cultural,
2002.
NOBRE, Manoel Ferreira. Breve Notícia sobre a
Província do Rio Grande do Norte. 2. ed. Rio de Janeiro. Ed. Pongetti,
1971.
MORAIS, Marcus César Cavalcanti de, Terras
Potiguares. Natal (RN): Dinâmica Editora,1998
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Textos para Estudos
História de São Gonçalo do Amarante
No passado, o território do Rio
Grande do Norte era ocupado por tribos indígenas – os potiguares e os cariris,
que faziam parte da nação tupi. Na área de São Gonçalo do Amarante estavam
instalados os índios Potiguares que em tupi-guarani significa comedores de
camarão. Dessa tribo se destaca o índio Poti, também conhecido por Felipe
Camarão, que nasceu na tribo de Extremoz onde atualmente está localizada a
cidade de mesmo nome.
A primeira penetração no
território de São Gonçalo do Amarante aconteceu provavelmente no século XVII,
pois segundo registros, há afinidade entre aqueles que construíram a expedição
de Jerônimo de Albuquerque, quando este conquistou o Rio Grande do Norte, e a
chegada dos portugueses nos limites do município. Além da origem genética dos
índios Potiguares os sãogonçalenses ainda têm influências dos povos europeus
(portugueses, franceses, holandeses e espanhóis).
Emancipação Política de São Gonçalo do Amarante
A história do processo de
emancipação política de São Gonçalo do Amarante foi atribulada, chegando o
município várias vezes a perder sua soberania. A criação do município aconteceu
em 11 de abril de 1833 durante o governo de Manoel Lobo de Miranda Henrique,
que possuía laços de parentesco com famílias de São Gonçalo.
Em 1856, no governo de Antônio
Bernardes de Passos, a doença “cólera-morbo” tornou-se uma epidemia e matou 171
pessoas em São Gonçalo do Amarante. Diante desse fato a vila ficou
completamente decadente e devastada.
Por volta de 1868 o lugar foi
incorporado ao município de Natal perdendo sua autonomia, de acordo com uma lei
assinada pelo governador da província Gustavo Augusto de Sá. A vila só seria
novamente levada a condição de município em 1874 no governo de João Capistrano
Bandeira de Melo Filho.
Em novembro de 1879, mais um
golpe era aplicado ao povo de São Gonçalo, que nesse ano foi transferido para a
vila de macaíba (antigo cuité). Com a proclamação da República do Brasil, o
vice-presidente José Inácio Fernandes Barros desmembrou São Gonçalo do Amarante
de Macaíba, através de um decreto datado de 1890. Em 1938 a antiga vila de São
Gonçalo era elevada a condição de cidade.
Decorrido mais de meio século,
por causa de um novo decreto de 1943, São Gonçalo perdeu novamente a sua
soberania, tendo parte das terras transferidas para a vila de São Paulo do
Potengi e a outra parte doada ao território de Macaíba.
A emancipação definitiva só veio
acontecer em 11 de dezembro de 1958, pelo decreto 2.323, promulgado pelo
vice-governador Dr. José Augusto Varela.
O Santuário dos Mártires de Uruaçu conta com o monumento religioso localizado na comunidade rural de Uruaçu, é o templo da devoção do povo sãogonçalense, erguido para homenagear os primeiros mártires brasileiros e padroeiros do Rio Grande do Norte. O espaço é aberto aos turistas e religiosos, e a cada mês de outubro recebe milhares de fiéis de todas as partes do Rio Grande do Norte e do País que acompanham as celebrações e festividades em homenagem aos Protomártires do Brasil (primeiros mártires do Brasil).
IGREJA MATRIZ DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE
Foi construída no mesmo local da primeira capelinha edificada no início do século XVIII, por iniciativa dos portugueses Paschoal Gomes de Lima e Ambrósio Miguel de Serinhaém. O início da ampliação da capelinha aconteceu em 1838, sendo concluída em 1840. O primeiro vigário da nova matriz foi o padre José Monteiro de Lima.
Ele permaneceu na paróquia durante 28 anos, até o seu falecimento em 15 de janeiro de 1872. Os restos mortais do vigário foram sepultados na própria matriz. A igreja matriz de São Gonçalo do Amarante é um monumento de relevante interesse arquitetônico, constituindo um raro exemplar da arquitetura barroca no Rio Grande do Norte.
CAPELA DE UTINGA
É possível que a atual capela tenha sido construída no mesmo local da capela anterior, a qual fez referência o historiador Olavo Medeiros Filho, depois de analisar um mapa holandês de 1638.
O documento informava a existência de um engenho e uma capela no povoado de Utinga. A data de 1787 é a mesma que se acha inscrita no frontispício da capela, na verdade, representa provavelmente a época em que o templo sofreu alguma reforma.
A capela de Utinga e duas residências próximas apresentam semelhantes características arquitetônicas do século XVII, o que comprova o período em que ambas foram construídas.
CAPELA DE SANTO ANTÔNIO DO POTENGI
Uma versão lendária conta que a construção da capela está diretamente ligada à descoberta de uma imagem numa gruta ou barreiro, por duas herdeiras de terras da região.
A imagem foi identificada como de Santo Antônio e levada pelas moças para casa onde moravam, no entanto, no decorrer dos dias, a imagem que havia sido transportada para a residência, começou a desaparecer e reaparecer sempre no local onde foi achada pela primeira vez.
Por causa desse episódio surgiu a decisão de se construir uma capela, por volta de 1885, data esculpida na fachada até hoje. A capela localiza-se num local elevado de onde pode se ter uma visão panorâmica da comunidade, do rio Potengi e algumas cerâmicas.
CAPELA DE REGO MOLEIRO
No povoado de Rego Moleiro (antigo Rodrigo Moleiro), foi erguida uma capela, cuja data de construção é desconhecida. Sua característica arquitetônica denuncia tratar-se de uma edificação muito antiga. Sabe-se apenas que o povoado surgiu por volta de 1706.
CAPELA DE IGREJA NOVA
Foi erguida em 1867, mesmo ano de fundação do povoado, em homenagem a Nossa Senhora da Conceição, padroeira da localidade. A capela recebeu o nome de Igreja Nova e é outro templo de relevante interesse arquitetônico com a data fixada na fachada principal. Na frente da igreja foi construído um cruzeiro antigo
TEATRO MUNICIPAL DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE
Templo de nossa cultura
O Teatro Municipal Prefeito Poti Cavalcanti foi inaugurado em 22 de agosto de 2003 e é considerado o templo da cultura de São Gonçalo do Amarante.
O espaço representa a vitrine das manifestações artísticas do município e está aberto para realização de eventos de interesse da comunidade incluindo festivais, atividades escolares, religiosas, realização de seminários e apresentações de grupos visitantes.
O teatro tem capacidade para 238 pessoas e conta com aparelhagem de som e ar condicionado central.
Geografia de São Gonçalo do Amarante
CLIMA
Apresenta clima predominantemente
tropical chuvoso, com temperatura média de 27°. As precipitações estão
concentradas nos meses de abril, maio, junho e julho, mas sujeito a mudanças
climáticas que provoquem chuvas em outras épocas do ano.
HIDROGRAFIA
O município está inserido na
bacia hidrográfica do rio Potengi. O rio Potengi nasce na Serra de Santana
(Cerro Corá), chegando a ocupar uma extensão de 176 km. Além de São Gonçalo do
Amarante o rio Potengi banha os municípios de Cerro Corá, São Tomé, São Paulo
do Potengi, Ielmo Marinho, Macaíba e Natal. Dentre os mais importantes
afluentes do rio Potengi, temos o rio Jundiaí, o principal deles, e demais
afluentes secundários como o rio Camaragibe, rio da Prata, rio Guagiru e o
córrego dos Guagirus.
VEGETAÇÃO
A vegetação é caracterizada por
áreas de manguezais ou matas de várzeas que margeiam o estuário do rio Potengi,
desde o distrito de Santo Antônio do Potengi até as proximidades do bairro
Igapó. Na área ainda pode ser observado resquícios da mata atlântica.
RELEVO
A área do município está
localizada nos sedimentos costeiros, encravada na várzea do rio Potengi e nos
terraços de tabuleiros do grupo barreira, numa altitude de 10 m acima do nível
do mar. Essas várzeas são denominadas de planícies fluviais, caracterizadas por
terrenos baixos e planos. Os terrenos denominados de terraços fluviais são
formados basicamente por argilas, geralmente de cor amarela e vermelha,
localizadas próximo ao litoral.
SOLOS
Em São Gonçalo do Amarante
predominam os solos de várzea, também conhecidos como solos aluviais, que
margeiam o rio Potengi. São os solos de mangue que ocorrem principalmente na
desembocadura do rio Potengi, os solos argilosos (denominados de “podzólico
vermelho-amarelo”) que ocupam as áreas próximas aos povoados de Coqueiros,
Jacaraú, Uruaçu, Santo Antônio e ainda os solos arenosos e salinos.
ECONOMIA DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE
AGRICULTURA
Apesar da
proximidade com a capital do Estado o município ainda apresenta características
da agricultura de subsistência com a produção voltada para o cultivo da
mandioca, feijão, banana, coco da baía, milho, batata doce, hortaliças e
legumes, mas de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) a agricultura para a comercialização também está presente
nas lavouras de cana de açúcar, banana, abacaxi e no plantio do caju para
extração da castanha.
PECUÁRIA
Pelas
condições climáticas e de mercado, o município de São Gonçalo do Amarante tem
se destacado na pecuária, em especial na criação bovina, destinada a produção
de leite. O município ainda conta com a criação de porcos e galinhas para
abate, como também para produção de ovos. No município ainda podemos encontrar
criações de ovinos e caprinos.
PESCA
No
município a criação de crustáceos e moluscos se destaca das demais atividades
pesqueiras, principalmente a criação em cativeiro de camarões, como também a
extração de moluscos dos manguezais como ostra, sururu e marisco. Os povoados
com maior representação da atividade pesqueira são: Barreiros, Rego Moleiro,
Uruaçu e Pajuçara.
COMÉRCIO
O
comércio de São Gonçalo do Amarante, na grande maioria, está voltado para o
setor de venda de produtos alimentícios como supermercados, mercadinhos e
mercearias. O ramo de alimentos prontos como bares, restaurantes e lanchonetes
também respondem por uma parcela significativa do comércio local. Outras
atividades comerciais que se destacam são as de material de construção,
armarinhos e artefatos para presentes, oficina mecânica, borracharia,
soldadores, venda de tecidos, vestuário e farmácias.
INDÚSTRIA
A
atividade industrial também está presente na economia sãogonçalense. Nesse
aspecto a indústria cerâmica se destaca com a produção de tijolos. O município
ainda abriga nos seus limites indústrias que atuam na transformação de produtos
que geram emprego e renda para os moradores de São Gonçalo e da Grande Natal.
Extrativismo Mineral: Distante 18 km da sede de São Gonçalo do Amarante está localizada
a comunidade de Serrinha, onde a extração mineral sustenta 80 % das famílias.
Nas pedreiras são retiradas manualmente pedras de paralelepípedo que abastecem
toda a região da Grande Natal. A produção mensal chega a 5 mil toneladas de
pedras, comercializadas com as empresas de construção civil e de pavimentação.
Cultura de São Gonçalo do Amarante
Artesanato
O
Mercado Municipal do Artesanato está localizado em Santo Antônio do Potengi, um
espaço que abriga obras autênticas do artesanato considerado o mais
diversificado do Rio Grande do Norte, tendo grande concentração de tipologias
artesanais de produções primarias como a cerâmica, cipó, palha da carnaúba,
sendo estes os grandes responsáveis pelo diferencial do artesanato do
município. As peças são produzidas por dezenas de pessoas, são famílias
tradicionais, cujas habilidades passam de pais para filhos.
Religiosidade
A cultura
religiosa de São Gonçalo do Amarante está ligada a figura dos Mártires de
Uruaçu que foram dizimados por resistirem às investidas dos holandeses no
município. No dia 03 do mês de outubro é realizada a Festa dos Mártires de
Uruaçu.
Doma Militana |
Manifestações
Folclóricas
Gonçalo do Amarante é rico em cultura popular, dentre as
manifestações folclóricas destacamos: as
danças do boi calemba, congos, pastoril
e bambelô.
Uma figura folclórica de São Gonçalo: Dona Militana que
gravou na memória os cantos executados pelo pai, romances originários de uma
cultura medieval e ibérica, que narram os feitos de bravos guerreiros e contam
histórias de reis, princesas, duques e duquesas. Além de romances, Militana
canta modinhas, coco, xácaras, moirão, toadas de boi, aboios e fandangos.