terça-feira, 20 de agosto de 2013

PLANO CURRICULAR 2013



ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR BEVENUTO FILHO



1.  APRESENTAÇÃO

Ao definir o plano curricular, alguns requisitos tornam-se indispensáveis para que todos possam-se situar naquilo que está sendo proposto. Em primeiro lugar, é necessário definir o modelo de escola no que diz respeito à identidade da Instituição de Ensino. Outro elemento importante é o próprio conceito de currículo, pois, desconhecendo-o, será muito difícil que todos tenham a mesma linha de trabalho. Após a definição de currículo, é preciso esclarecer o que se entende por Proposta Curricular. A clareza de conceito não garante o êxito do trabalho educacional, mas certamente facilita, fazendo que todos os profissionais tenham os mesmos objetivos e, assim, possam perseguir as mesmas metas na qualificação do ensino, melhorando, sempre mais, os resultados da aprendizagem.
Assim sendo, a escola define o modelo de escola que deseja ser no todo do seu Projeto Político-Pedagógico. Por Plano Curricular, entendem-se todas as oportunidades de aprendizagem oferecidas pela escola e incorporadas nos diversos componentes curriculares. Partindo desta definição, é preciso explicitar bem o nosso conceito de currículo.

2.      CONCEITO DE CURRÍCULO

O processo educacional desenvolvido na escola exige uma organização curricular sistêmica que viabilize o aprendizado nas mais diversas áreas da vida humana. Os programas incluem práticas pedagógicas a serem desenvolvidas no ambiente escolar, contemplando a formação integral e integradora do ser humano. Tanto os aspectos científicos como os filosóficos e psicológicos fazem parte do programa de ensino, portanto do currículo a ser desenvolvido.
Tendo como parâmetro a abrangência do processo formativo do aluno, define-se currículo a partir da conceituação de César Coll, que afirma: “Os elementos que organizam o currículo trazem informações sobre o que ensinar, quando ensinar, como ensinar, o que, como e quando avaliar.”.
Assim sendo, fica explícito que existe diferença entre o que se quer ensinar, ou seja, o Currículo Oficial, que estabelece os conteúdos a serem ministrados, bem como a ordem a ser seguida; e o que realmente se ensina – o Currículo Oculto, aquele que é composto por contradições entre teoria e prática, ou seja, pelos valores e visão de mundo do professor. Estas duas dimensões do currículo são vivenciadas pelos alunos, em sala de aula, de forma conjunta. Estão intimamente unidas, dando, pois, origem ao que se denomina de Currículo Real.
A partir desta abordagem, pode-se concluir que o currículo tem abrangência muito maior do que a listagem de conteúdos a serem trabalhados pelo professor. Entendendo o currículo a partir da transcendência do conteúdo programático, que inclui todas as vivências pedagógicas oportunizadas pela Escola, acreditamos que a construção do conhecimento será o resultado da ação dinâmica dos alunos, em relação ao conteúdo, com a liderança e a coordenação do professor.
A definição do currículo da escola tem como base e fundamento a concretização dos grandes objetivos propostos na Visão e na Missão da Instituição de Ensino. A estrutura organizacional do currículo, na escola, foi concebida para atender melhor os alunos, levando em conta a idade e a vivência em grupos de forma sequenciada.

3.       ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

A organização estrutural do currículo exige que se leve em conta as melhores condições para o aprendizado nos diversos níveis de ensino. No Ensino Fundamental os currículos estão organizados por série, os currículos estão organizados de tal maneira que atendam às exigências legais e possam conduzir o aluno à satisfação de suas necessidades educacionais.
De acordo com o previsto no Regimento Escolar do Estabelecimento os currículos obedecem ao disposto na legislação em vigor e traduzem os objetivos a que se propõe a escola.
·         O Currículo adotado pelo Estabelecimento obedece aos princípios e fundamentos definidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais e atendem aos valores expressos na Lei 9394/96 nos seus artigos 26 e 27 e são desenvolvidos tendo em vista o que dispõe está Proposta Pedagógica.

·         Objetivos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental são os definidos pela Lei 93/94/96 e complementados por aqueles já expressos neste documento e pelos do Referencial Curricular Nacional e Parâmetros Curriculares Nacionais.

Base Curricular Geral do Ensino Fundamental

Objetivando a formação do cidadão com iniciativa para assumir riscos, habilidades para liderar equipes, oferecemos de 1º ao 5ª ano do Ensino Fundamental, o seguinte currículo:
a) Língua Portuguesa.
b) Matemática.
c) História
d) Geografia.
e) Ciências.
f) Artes
g) Educação Física.
h) Educação Religiosa.



4.      PLANOS DE ENSINO – APRENDIZAGEM

4.1 Do Ensino Fundamental

a)      Justificativa

Ensino Fundamental de 1º a 5º ano etapa significativa na formação escolar e pessoal do aprendente. A fim de consolidarmos uma intervenção eficaz na conquista da educação ética e cidadã, procuramos oportunizar procedimentos que estimulem nos alunos o prazer pela leitura e a capacidade de usar a escrita tanto para desenvolver-se com eficiência, despertando o senso de pesquisa, bem como levá-los a conquistar um processo que, quando necessário será resgatado e utilizado com lógica, consciência, construindo, assim, sua autonomia e autoria de pensamento. Visamos também proporcionar, na relação interpessoal, atitudes que privilegiem a liberdade de expressão, formando cidadãos críticos, íntegros, fraternos e responsáveis pela transformação de um mundo melhor e mais justo. Uma forma rica de aprendizagem é a troca de vivências e experiências com o grupo no qual estamos inseridos. Portanto, no processo ensino-aprendizagem, prioriza-se o trabalho em grupo, que é o momento importante onde o aluno tem a oportunidade de trabalhar a convivência grupal, favorecendo a cooperação, o respeito, aprendendo assim a conviver com as diferenças, que é a arte de lidar com suas emoções. Logo, acreditamos no valor do trabalho coletivo, em grandes ou pequenos grupos. Segundo Vygotsky (1989), todas as funções do desenvolvimento do indivíduo aparecem duas vezes: primeiro no nível social e, depois, no nível individual; primeiro entre pessoas (Interpsicológico) e, posteriormente, no interior do sujeito (intrapsicológico). Isto significa que o trabalho em grupo oportuniza maiores condições de aprendizagem. A infância é o momento singular para trabalharmos todos esses aspectos pertinentes à convivência grupal, tão necessária para a vida, onde a criança começa a atingir autocontrole, procurando conter suas aflições, seus impulsos e excitações. Temos uma escuta atenta aos diferentes modos de aprender, dos diferentes saberes dos alunos, permitindo à educadora criar intervenções pedagógicas que garantam avanços qualitativos na apropriação dos conhecimentos, em vivências do aprender a aprender. Desta forma, a alfabetização se desenvolve nas relações, possibilitando à criança se apropriar da leitura e da escrita, tornando-se criadora, recriadora e crítica. O aluno é agente durante todo o processo.
As intervenções pedagógicas acontecem com a intenção de mobilizar o grupo para as interações, pois a elaboração e a apropriação do conhecimento emergem da pluralidade, como processo coletivo de sentidos e significados que vão sendo produzidos, questionados, redimensionados e/ou recusados no curso das interlocuções da sala de aula. As intervenções pedagógicas aqui sistematizadas pelo educador irão constituindo-se e produzindo os conhecimentos a respeito da escrita e leitura bem como sua função social. Para ser a leitura e a escrita organizadas arbitrariamente pela sociedade, vemos a necessidade da mediação direta daqueles que já se apropriaram desta forma de linguagem. Oferecemos à criança a oportunidade de discutir e compreender a utilidade da linguagem escrita dentro dos diferentes contextos sociais. É necessário compreender que, no processo de alfabetização, o convívio com a linguagem escrita deve ser uma atividade real e significativa, na qual as crianças interagem com diferentes conhecimentos, com o professor, sua intencionalidade e a linguagem escrita em suas diferentes manifestações. Logo, criamos no espaço educativo, uma vivência intensa de uso da linguagem escrita, bem como das diferentes linguagens, entre elas: a oral, o jogo, a “dramatização”, o desenho, considerando-se que estas são essenciais para a formação das estruturas necessárias à compreensão da linguagem escrita. Vemos o colégio como um espaço onde juntos podemos partilhar e construir conhecimentos, tendo como base a solidariedade, a justiça e todos os valores que possibilitarão a formação de sujeitos participantes e críticos do processo de transformação da sociedade.

b)Objetivos
- o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meio básico o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
- a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
- o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores;
- o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
c)Conteúdo

Conteúdo Programático de Língua Portuguesa

• Língua oral: usos e formas
• Língua escrita: usos e formas
• Prática de leitura
• Prática de produção de texto
• Análise e reflexão sobre a língua
                        • Revisão de textos
                        • Ortografia
                        • Pontuação
                        • Aspectos Gramaticais.

Conteúdo Programático de Matemática
• Números naturais
• Sistema de numeração decimal
• Números Racionais
• Operação com números naturais e racionais: adição, subtração, multiplicação e divisão.
• Espaço e forma
• Grandezas e medidas.

Conteúdo Programático de História e Geografia
História local e do cotidiano
            • A localidade
            • A comunidade Indígena
• História das organizações populacionais
            • Deslocamentos populacionais
            • Organizações e lutas de grupos sociais e étnicos
            • Organizações políticas e administrações urbanas
            • Organizações histórica e temporal.

Conteúdo programático de Ciências Naturais

• Ambiente
• Ser Humano e saúde
• Recursos tecnológicos
• Água
         • Captação e armazenamento da água
         • Destino das águas servidas
         • Saneamento básico
• Solo e atividades humanas
• Poluição
• lixo, coleta e tratamento do lixo.

Conteúdo pragmático de Educação Física
• Conhecimento sobre o corpo
• Esportes, jogos, lutas e ginásticas.
• Atividades rítmicas e expressivas

Conteúdo pragmático de Artes
• Arte visuais
• Dança
• Música
• Teatro

Conteúdo pragmático de Religião
• Regras de convivência.
• Respeito ao outro.
• Respeito aos mais velhos.
• Coleguismo.
• Solidariedade.
• Amizade.
• Amor.
• Perdão.
• Vivência de Valores.


d)Metodologia
Os princípios piagetianos e vygotskyanos pressupõem uma pedagogia ativa e cooperativa em sala de aula, centrada no indivíduo, onde o conhecimento se dá através de sua interação com meio, pressupostos estes dos quais compartilhamos. Assim sendo, acreditamos em uma metodologia onde o papel do aluno seja implicar-se, participar da construção do seu conhecimento e do conhecimento do outro, desenvolvendo habilidades e adquirindo competências. Esta concepção é elaborada pelo próprio trabalho do aluno e pela vivência em grupo, de maneira que os conhecimentos sejam mobilizados para a resolução de problemas.  O    processo     de    aprendizagem    deve  ser  orientado  não     para o intelecto (valorizando o conhecimento), mas, atingir, também o emocional, os sentimentos.
- Aplicação de uma metodologia baseada em experiências pessoais, vivência de  valores, trabalhos de grupo, estímulo à criatividade.  - No tocante à disciplina: o conceito de bom aluno passivo deve dar lugar ao bom aluno ativo, solidário, participativo, enfatizando a responsabilidade.  - Trabalhar com os alunos e não para.   
- Levar os alunos a serem autores.  - Justificar o que é ensinado, para que os alunos saibam o que e o porquê estão estudando.  Saber canalizar as energias dos alunos para um melhor aproveitamento. (Inteligências Múltiplas).


e)Avaliação da Aprendizagem
A avaliação do desempenho do aluno abrange seu desenvolvimento global nas áreas cognitiva, afetiva, social e psicomotora e privilegia os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Avaliação qualitativa significa o direito à oportunidade que transcende sempre o mero desempenho quantitativo, alojando-se em cheio no espaço da cidadania competente. O aluno deve poder aprender bem a reconstruir conhecimento, em termos formais, como deve sobretudo aprender a tornar-se cidadão crítico e participativo.