A Escola Estadual Professor
Bevenuto Filho elaborou e executou o Projeto Diversidade Cultural, com o tema cultural
regional do Brasil, visando promover uma discussão não só com os alunos do 1º ao 5º ano, mas
também com toda a comunidade escolar, sobre a identidade cultural brasileira e
as várias culturas existentes nas regiões de nosso país, buscando integrar
todos os eixos do conhecimento, para explorar várias habilidades e competências
dos alunos
O objetivo do Projeto é promover uma
educação para a cidadania, proporcionando uma convivência com a cultura do
outro. Desta forma, damos um passo importante em prol de uma proposta
educacional e curricular multiculturalista, na medida em que levamos a comunidade
escolar a reconhecer o valor da pluralidade e da diversidade cultural, bem como
a necessidade da formar para a cidadania com base no respeito às diferenças,
como orienta os Parâmetros Curriculares Nacional quando trata do tema
Transversal “Pluralidade Cultural” (BRASIL, 1998).
Mas o que
é cultura? Cultura significa cultivar, e vem do latim colere. Genericamente a
cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a
arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos
pelo homem não somente em família, como também por fazer parte de uma
sociedade.
E o que é cultura popular?
É um conjunto de manifestações que existe nos mais variados povos, nas várias
regiões, influenciada pelas crenças do povo em questão e é formada graças ao
contato entre indivíduos de certas regiões, é o que chamamos de Folclore!
O principal folclorista
– isto é, estudioso do folclore – brasileiro (e um dos maiores do mundo), Luís
da Câmara Cascudo (1898-1986), definiu o folclore como: “a cultura popular, tornada normativa pela tradição.” Com essa
definição, Cascudo pretendia destacar exatamente o que o folclore significa, “sabedoria popular”. Assim
sendo, a cultura popular carrega um conjunto de conhecimentos específicos, que
se organizam, geralmente, em forma de mitos (narrativas) e rituais (festas,
cerimônias, danças etc).
Pensando em socializar com a
comunidade os trabalhos realizados pelos alunos durante a execução do projeto,
realizamos hoje este evento, com
exposição de algumas produções dos alunos, apresentações de danças e
feira gastronômica, para que todos os que participarem possa compreender a
importância da diversidade cultural brasileira.
O Brasil, por apresentar uma grande dimensão territorial,
possui uma vasta diversidade cultural. Os colonizadores europeus, a população
indígena e os escravos africanos foram os primeiros responsáveis pela
disseminação cultural no Brasil. Em seguida, os imigrantes italianos,
japoneses, alemães, árabes, entre outros, contribuíram para a diversidade
cultural do Brasil. Aspectos como a culinária, danças, religião são elementos
que integram a cultura de um povo.
As
regiões brasileiras apresentam diferentes peculiaridades culturais.
A
Região Sul apresenta aspectos culturais dos imigrantes portugueses,
espanhóis e, principalmente, alemães e italianos. Algumas cidades ainda
celebram as tradições dos antepassados em festas típicas, como a festa da uva
(cultura italiana) e a oktoberfest (cultura alemã), o fandango de influência
portuguesa e espanhola, pau de fita e congada. Na culinária estão presentes:
churrasco, chimarrão, camarão, pirão de peixe, marreco assado, barreado (cozido
de carne em uma panela de barro) e vinho.
Representando a Região Sul tivemos duas apresentações descritas abaixo:
O 1º ano apresentou a dança - Fandango
Serrano
Esse estilo de dança tem origem ibérica e foi trazida pelos portugueses para as regiões de litoral do Paraná. No Brasil, recebeu influências dos índios e o fandango também pode ser encontrado nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. São utilizados instrumentos como violas, pandeiro e uma rabeca enquanto a letra é improvisada. Os dançarinos fazem uma roda e dançam com passos valsados e o ritmo é seguido com palmas e com as batidas dos pés. Professora responsável: Wadna |
O 2º ano B apresentou a dança do Pezinho
O Pezinho tem origens portuguesas e
conseguiu atrair adeptos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Além de
dançar, os dançarinos devem cantar no ritmo da música que acompanha os
passos. A coreografia se altera entre passos ritmados pelos pés e as duplas
que rodam em torno de si.
Responsável: Professora Ana Lúcia |
Na Região Nordeste, a cultura é
representada através de danças e festas como o bumba meu boi, maracatu,
caboclinhos, carnaval, ciranda, coco, reisado, frevo, cavalhada e capoeira. A
culinária típica é representada pelo sarapatel, buchada de bode, peixes e
frutos do mar, arroz doce, bolo de fubá cozido, bolo de massa de mandioca, broa
de milho verde, pamonha, cocada, tapioca, pé de moleque, entre tantos outros. A
cultura nordestina também está presente no artesanato de rendas.
O 3º ano apresentou ArarunaA Araruna é compreendida como uma dança de salão, que reúne vários números coreográficos, é uma das Danças Populares do Rio Grande do Norte, Câmara Cascudo (1954) classifica-a como única, exceção às outras danças folclóricas. Araruna é uma dança de salão; com calendário flexível, pois não tem sua apresentação relacionada a nenhum ciclo festivo. Ela está fortemente presente na cidade de Natal-RN. A Araruna, tem sua origem no grupo São João na Roça, do bairro das Rocas, fundado em 1949 pelo Mestre Cornélio Campina (diretor artístico do grupo) e amigos, que pretendiam formar um grupo que se apresentasse durante todo o ano. Conta-se que Mestre Cornélio usava o quintal de sua casa para os ensaios, que ele mesmo organizava. Quando o prefeito, Djalma Maranhão doou o local da atual sede, situada à Rua Miramar. Foi o próprio Djalma Maranhão que sugeriu a formação de uma sociedade. Cascudo (1954) nomeou, então, a sociedade de Araruna, pois esta era o primeiro número da dança que se tinha notícia.Responsável: Professora Sandra |
O 4º ano A apresentou o Frevo
Essa dança pode ser encontrada em
muitos estados do nordeste; porém, é mais significante em Pernambuco. O frevo
surgiu da união de vários estilos brasileiros como a quadrilha, o maxixe e o
galope. Ele pode ser executado por qualquer pessoa de idades distintas. As
coreografias são variadas e exigem que o dançarino execute passinhos,
rodopios, malabarismos e gingados. As mais executadas são: tesoura,
dobradiça, pernada, carrossel, parafuso, dentre outras. O frevo é considerado Patrimônio Nacional
Imaterial.
Responsável:
Professora Gioconda
|
As representações culturais no Norte do Brasil estão nas festas populares como o círio de Nazaré e
festival de Parintins, a maior festa do boi-bumbá do país. A culinária
apresenta uma grande herança indígena, baseada na mandioca e em peixes. Pratos
como otacacá, pirarucu de casaca, pato no tucupi, picadinho de jacaré e
mussarela de búfala são muito populares. As frutas típicas são: cupuaçu,
bacuri, açaí, taperebá, graviola, buriti.
O 5º ano A apresentou Bumba-meu-boi de ParintinsMesma celebração da festa do bumba-meu-boi, só que na cidade de Parintins, no Amazonas. Entretanto, esta possui mais destaque e repercussão, pois é a maior de todas, capaz de reunir mais de 50 mil pessoas.
O Bumba meu Boi de Parintins é uma
apresentação do duelo entre as agremiações do Boi Garantido (o coração
vermelho) e a do Boi Caprichoso (a estrela azul). As equipes contam com mais
de 3 mil pessoas cada e contam histórias durante a representação. Ritmistas
cantam e tocam toadas, música típica da festa, com letras e mitos da floresta
amazônica. A premiação do melhor boi ocorre no Bumbódromo. A festa atrai
turistas de todos os cantos do país e também do exterior.
Responsável: Professor Ilder
|
O 2º ano A apresentou o CarimbóO Carimbó é uma sonoridade de procedência indígena, aos poucos mesclada à cultura africana, com a assimilação das percussões dos negros; e a elementos de Portugal, como o estalar dos dedos e as palmas, que intervêm em alguns momentos da coreografia. Originalmente, em tupi, esta expressão significa tambor, ou seja, curimbó, como inicialmente era conhecido este ritmo. Gradualmente o termo foi evoluindo para carimbó. Esta dança teve sua origem no território de Belém, e foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.
Responsável:
Professora Hébia
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O
Centro-Oeste brasileiro tem sua cultura representada pelas cavalhadas e
procissão do fogaréu, no estado de Goiás; e o cururu em Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul. A culinária é de origem indígena e recebe forte influência da
culinária mineira e paulista. Os pratos principais são: galinhada com pequi e
guariroba, empadão goiano, pamonha, angu, cural, os peixes do Pantanal – como o
pintado, pacu e dourado.
O termo “sertanejo” surgiu para designar, muito antes de um ritmo
musical, o habitante do sertão. Atualmente, porém, o gênero “música
sertaneja” se refere às canções que surgiram na área cultural caipira, tal
área sertaneja, em estados como Goiás,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul.
Cornélio Pires, folclorista que foi o primeiro a escrever sobre o
gênero, descreveu com exatidão em seu livro Conversas ao Pé do Fogo o ritmo
sertanejo:
“Sua música se caracteriza por letras românticas, por um canto triste
que comove e lembra as típicas histórias do sertão, mas sua dança é alegre”.
É uma mistura de influências e tradições que acabaram gerando um ritmo
original e único.
Responsável:
Professor Anderson
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No
Sudeste, várias festas populares de cunho religioso são celebradas
no interior da região. Festa do divino, festejos da páscoa e dos santos
padroeiros, com destaque para a peregrinação a Aparecida (SP), congada,
cavalhadas em Minas Gerais, bumba meu boi, carnaval e peão de boiadeiro. A
culinária é muito diversificada, os principais pratos são: queijo minas, pão de
queijo, feijão tropeiro, tutu de feijão, moqueca capixaba, feijoada, farofa,
pirão, etc.
O 4º ano B apresentando Samba
O samba é uma dança e gênero musical
trazido pelos negros para o Brasil. Inicialmente, ele chegou à Bahia e depois
ganhou mais espaço e reconhecimento em outros estados brasileiros e,
principalmente, no Rio de Janeiro. Foi nessa localidade que ele passou a
agregar outras danças em suas características como o maxixe, a polca e o
xote.
Responsável:
Professora Ana Heloisa
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